Segundo Rosane, ele recorria aos rituais sempre que alguém fazia algum mal contra ele, porque na visão de Collor tudo de ruim que mandassem para ele tinha que ser devolvido. Para isso, sacrificava animais como boi, galinha, entre outros.
Hoje, Rosane afirma que freqüenta a igreja evangélica com a mesma mãe-de-santo que trabalhava para Collor e ela nos tempos de Casa da Dinda, local onde eram feitos os rituais. “Reafirmo o que eu disse em entrevista à Revista Veja, de que o Fernando Collor recorria a rituais de magia negra para se manter no poder”, completa.
Ela conta que após o impeachment teve medo que Collor cometesse suicídio, devido a depressão que ele ficou. Até as armas que tinham dentro de casa foram retiradas para evitar a tragédia, como lembra Rosane.
Apesar da situação e de inúmeros comentários de que Collor consumia drogas como cocaína, Rosane disse que nunca o viu se utilizando desses meios para fugir dos problemas, nem mesmo da cocaína, como foi dito na imprensa, e mesmo quando o via agressivo e com os olhos vermelhos perguntava se ele tinha consumido algo e ele negava.
Ela justifica os olhos vermelhos e a agressão aos efeitos das bebidas alcoólicas freqüentes no dia-a-dia do ex-presidente.
Apesar da pensão de R$ 11,8 mil mensais que recebe do ex-marido, Rosane Collor ainda diz que amarga algumas indelicadezas promovidas pelo ex-presidente, um homem ainda bastante poderoso no meio político.
Ela conta que ainda luta na Justiça para repartir os bens do casal, lembrando que o senador tem uma frota de carros como Mercedes, BMW e Cherokee e que para ela deixou apenas um carro velho que não anda e está todo quebrado. “Só estou de carro porque ganhei do meu pai um Fiesta, senão estaria a pé”, reclama.
Rosane quer ainda a partilha das casas, coberturas, que ela diz que ele tem em Maceió, casa de praia, um “baita” apartamento em São Paulo e fazenda. “Não acho justo não ter a minha parte”, considera.
As tragédias não foram poucas na vida de Rosane Collor, como ela retratou na entrevista. Nos últimos quatro anos, ela perdeu uma gravidez de três meses, onde esperava suas duas filhas gêmeas, sua mãe faleceu e ainda ficou sabendo de sua separação com o ex-presidente através da imprensa em 2005.
Sem contar da notícia sobre o casamento com a arquiteta Caroline Medeiros, com quem hoje tem duas filhas gêmeas. “Eu via ele fazendo coisas contras os outros e não achei que eu seria o alvo. Minha mãe me alertou várias vezes contra isso. Só que ele vai pagar depois, vai sofrer”.
Tudo isso sem falar na situação complicadíssima que ela diz que ficou após a separação. Collor cancelou as contas bancárias conjuntas e os cartões de crédito. “Vejo que ele (Collor) mostrou que o sentimento que ele passou na época do impeachment não o ensinou nada. Eu creio que Collor foi meu grande amor, mas minha maior decepção”, concluiu Rosane
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