quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

'Presépio alternativo' com Maria e José na cama provoca polêmica na Nova Zelândia

'Presépio alternativo' com Maria e José na cama provoca polêmica na Nova Zelândia

Painel foi colocado em frente a igreja anglicana e irou conservadores.
Ele mostra Maria, aparentemente nua, e José na cama.

Foto: AFP
Imagem divulgada nesta quinta-feira (17) pela Igreja Anglicana de St Matthew-in-the-City, na Nova Zelândia, mostra painel de um 'presépio alternativo' que mostra a Virgem Maria e seu marido, José, juntos na cama. A imagem, que está em um painel do lado de fora do templo, gerou polêmica entre os cristãos neo-zelandeses por mostrar Maria aparentemente nua. O letreiro, em uma tradução livre, diz: 'Pobre José. Deve ser difícil ser comparado com Deus'. (Foto: AFP)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A Indústria Cultural no Brasil

A Indústria Cultural no Brasil

Sempre que ligo a TV, ou acesso a internet, só pra citar uns dos meios de comunicação que mais acesso, ao acessá-la recebo, em média, cerca de 300 propagandas de boa e má qualidade, ofertando produtos dos mais diversificados, desde roupa de cama, eletro doméstico, automóveis, alimentos, bebidas, cigarros, apetrechos de pesca. Falar em indústria cultural é ligar uma característica específica proveniente do mundo capitalista, criado por Theodor W. Adorno em meados do século XX.
O presidente lula, nessa semana, relatou de forma crítica, que há “ausência de conteúdos educativos nos meios de comunicação. "Qual é a quantidade de minutos educativos nos meios de comunicação? “É muito pouco porque o interesse é evidentemente comercial”, relatou o presidente.
Ele tem toda razão. Com exceção da TV Cultura e alguns poucos programas vinculados por alguns órgãos de comunicação, não há, por parte desses, um compromisso sério em relação ao programa educacional no Brasil. Alguns até desconhecem que existam tais programas. Nessa semana li um artigo que negava tal existência, equívoco perdoado pelo fato do escrito não ser da área. Então qual seria a explicação, sendo que os órgãos de comunicação funcionam mediante concessão do governo federal? Consequentemente precisam atender algumas exigências para que continuem ativos e possam renovar sua concessão?
Podemos conceituar a Indústria Cultural em empresas que têm por objetivo oferecer, propagar, divulgar produtos nos canais competentes como TV, jornais, rádios, revistas e internet atendendo os ditames do capitalismo que é o lucro. Esse conceito - Indústria Cultural – serviria para definir a inversão da cultura em mercadoria. O conceito nada tem a ver com os veículos ou meios de comunicação que citei, mas ao uso dessas tecnologias pelo capital. A ideologia cultural passa a ser guiada pela necessidade de consumo e de lucro capitalista guiados pelo mercado.
Segundo informações dos sites oficiais do governo federal (Ministérios das Comunicações) existem atualmente no Brasil, em torno de mil estações de rádio e mais de 75 de televisão, representando 37 milhões de aparelhos receptores de rádio o que nos leva a refletir em torno de uma audiência de 60 a 90 milhões de brasileiros.
Na imprensa escrita são aproximadamente 290 jornais diários, e outros que estão sendo liberados essa semana pelo governo podendo alcançar cerca de 5 milhões de leitores.
Portanto, a Indústria Cultural no Brasil escamoteou os interesses e/ou as expectativas de um projeto hegemônico para a educação do país em nome dos interesses do capital, inclusive com a participação de alguns setores ligados à própria educação, seja privada ou até mesmo pública.
Nas escolas, as propagandas tomaram conta dos corredores com a conivência daqueles que deveriam preservar pelo processo estão – de maneira consciente ou inconsciente – contribuindo cada vez mais pela banalização de tal sistema. Os muros das escolas estão sendo loteados, alugados em nome de melhorias estruturais que deveriam ser de responsabilidade dos governos estaduais, federal e municipal, com as mais diversificadas propagandas comerciais.
Podemos refletir que no Brasil a Indústria Cultural implementa um projeto de divulgação dos interesses capitalistas banalizando os valores sociais e culturais que deveriam ser preservados, não se importando com os resultados que possam surgir desse modelo. Não há regras claras que definem tais liberdades, e quando são propostas pelo governo federal são barradas pelo bloco de defesa no Congresso Nacional.
Os programas denominados de Reality Show é um dos exemplos desse processo, fazendo a população crê que participa quando o que está por traz de todo aquele teatro é a venda dos produtos e marcas patrocinadoras.
Para Adorno, “o homem, nessa Indústria Cultural, não passa de mero instrumento de trabalho e de consumo, ou seja, objeto. O homem é tão bem manipulado e ideologizado que até mesmo o seu lazer se torna uma extensão do trabalho”. (ADORNO, Theodor W. Textos Escolhidos. Trad. Luiz João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1999).

Pedro Antonio Agostinho é professor de história na rede pública em Mato Grosso do Sul, cidade de Três Lagoas

http://www.jptl.com.br/?pag=capa
Jornal do Povo de Três Lagoas

Benjamin, que acusou Lula de “subjugar” sexualmente colega na prisão, tem nomeação contestada

Educativa irá “rever” a situação de César Benjamin

O “diretor-presidente” da emissora pode ser remanejado para outro cargo
Publicado em 02/12/2009 | Euclides Lucas Garcia
Benjamin acusa o presidente Lula de ter tentado “subjugar” sexualmente um colega de cela quando esteve preso em 1980
O César deveria procurar tratamento, aquilo foi de uma agressividade descabida. Mas agora me pergunte: o que você acha da patifaria que a Folha fez publicando isso? Eu acho terrível.”
Depois da descoberta de que o cientista político e editor carioca César Benjamin é funcionário comissionado do governo do estado, a Rádio e Televisão Paraná Edu­­­cativa (RTVE) admitiu ontem a possibilidade de remanejá-lo nos quadros da emissora. Apesar de não mencionar uma possível demissão, membros do governo mostraram-se desconfortáveis com a publicação do artigo em que Benjamin acusa o presidente Lula de ter tentado “subjugar” sexualmente um colega de cela quando esteve preso em 1980.

De acordo com a lista dos servidores estaduais publicada no site da Secretaria Estadual da Administração, Benjamin ocupa o cargo de diretor-presidente da RTVE e recebe salário de aproximadamente R$ 5 mil, apesar de viver no Rio de Janeiro. Já Marcos Batista, que é quem responde formalmente pela direção da emissora, figura como secretário de Estado, por atuar como assessor especial do governador Roberto Requião (PMDB).
Polêmica

Batista disse ontem que a RTVE está “revendo a situação” de Benjamin. “Parece que caiu o mundo na cabeça dele. Ainda estamos tentando entrar em contato com ele”, declarou. Em relação à contratação de Benjamin para prestar “serviços profissionais especializados” ao governo estadual, Batista afirmou que o trabalho está sendo feito. De acordo com o Diário Oficial de 8 de dezembro de 2005, o cientista político e editor carioca foi contratado para a produção de dez documentários de “caráter histórico-cultural e educativo sobre o Brasil”. “Ele (Benjamin) está preparando os documentários. Serão sobre personagens tipicamente brasileiros e irão ao ar na TV (Educativa) quando forem concluídos”, garantiu Batista.

Em entrevistas à Gazeta do Povo na última segunda-feira, Batista e o governador alegaram que Benjamin é funcionário da RTVE e trabalha como comentarista de política, economia e história, além de atuar em projetos de programas especiais. Segundo Batista, ele foi alocado no cargo de diretor-presidente da emissora porque essa era a única vaga disponível, já que o próprio (Batista) exerce a presidência da emissora, mas está nomeado como secretário.

Ontem, pelo segundo dia consecutivo, a reportagem tentou localizar Benjamin, mas ele não retornou aos pedidos de entrevista.

Repetição

Essa não é a primeira vez em que contratações da RTVE são questionadas. Em setembro deste ano, a Justiça Estadual considerou nulo o Decreto Estadual 2.939 que permitiu a contratação, em 2004, de 172 funcionários para a emissora sem concurso público. De acordo com a decisão judicial, a atitude “fere a moralidade e a impessoalidade, sendo, pois, inconstitucional”. O governo do estado, que recorreu da decisão e aguarda posicionamento da Justiça sobre o pedido de efeito suspensivo, alegou, na época, que as contratações temporárias eram uma forma de “buscar soluções menos traumáticas para solução dos problemas da RTVE”.

Em outra decisão, o Tribunal de Contas do Paraná impugnou despesas da emissora referentes a 2004 e determinou a devolução de cerca de R$ 26 mil aos cofres públicos. O valor – parte dele gasto sem nota fiscal – se refere ao pagamento de viagens a pessoas que não tinham vínculo com a RTVE.

Repercussão

Requião nega demissão de cientista político

André Gonçalves, correspondente

Brasília - O governador Roberto Requião (PMDB) disse ontem que sabia que o cientista político César Benjamin mora no Rio de Janeiro, apesar de ser funcionário comissionado do governo do estado.

“Benjamin faz comentários, trabalha para a televisão.” Requião disse que ele não ocupa um espaço específico na programação e negou que ele ocupe a função de diretor-presidente. “Ele tem um cargo DAS-1 (símbolo de cargo comissionado) e você sabe bem disso.”

Benjamin teve destaque depois da publicação, na última sexta-feira, de um artigo no jornal Folha de S. Paulo em que afirmou que o presidente Lula tentou “subjugar” sexualmente um companheiro de cela quando foi preso, em 1980. Requião criticou o texto. “O César deveria procurar tratamento, aquilo foi de uma agressividade descabida. Mas agora me pergunte: o que você acha da patifaria que a Folha fez publicando isso? Eu acho terrível.” Ele disse que não pretende demitir o cientista político.

Governistas barram pedido de explicação sobre nomeação

Publicado em 02/12/2009 | Kátia Chagas

Os deputados de oposição tentaram aprovar ontem um requerimento cobrando explicações do governo sobre a nomeação de César Benjamin como diretor-presidente da Rádio e Televisão Educativa do Paraná (RTVE), mas a bancada governista derrubou o pedido de informações por 21 votos a 7.

Para a oposição, há muita controvérsia em torno da contratação. Os deputados querem saber se ele cumpre expediente no governo. Benjamin vive no Rio de Janeiro. “Afinal, onde reside o Benjamin e que tipo de serviço ele presta?”, questionou o líder da oposição, Elio Rusch (DEM).

Os deputados também pesquisaram o Sistema de Infor­­mações Organizacionais do Poder Executivo, no site da Casa Civil, onde consta que o diretor-presidente da RTVE é Marcos Antonio Batista. Mas, no site da Secretaria da Administração, Batista aparece como secretário de estado e Cesar Benjamin como diretor-presidente da emissora. “Queremos saber por que existem dois cargos de direção com simbologias diferentes e qual a função de cada um”, disse Rusch.

Decretos

O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), en­­tregou para a oposição os decretos de nomeação dos dois, nos quais ambos aparecem como “diretor-presidente” da Edu­­cativa. O que muda é o salário e a simbologia dos cargos de cada um. Segundo o Decreto 2.597, César Benjamin foi nomeado no dia 8 de maio de 2008, no lugar de Algaci Tulio, para exercer um cargo DAS-1 na RTVE.

No caso de Marcos Batista, o Decreto 53 mostra que a nomeação do jornalista foi feita em 1.º de fevereiro de 2007 para exercer o cargo de diretor-presidente da RTVE, simbologia AE-1. O mesmo documento exonera Batista “do cargo de diretor-presidente – símbolo DAS-1”.

Segundo Romanelli, não há duplicidade de cargos, mas um erro no site oficial em relação à função dos dois. Marcos Batista não é secretário de Estado, é o diretor-presidente, e Cesar Benjamin entrou no lugar de Algaci Tulio no cargo DAS-1 que sobrou na estrutura da RTVE, disse o deputado.

O líder do governo declarou ainda que considerou “absurda” a declaração de Benjamin envolvendo o presidente Lula, mas que ele é um “intelectual de grande porte que presta consultoria ao governo”. Só não detalhou que tipo de serviço é prestado.

http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidapublica/conteudo.phtml?tl=1&id=950487&tit=Educativa-ira-rever-a-situacao-de--Cesar-Benjamin

Gazeta do Povo