quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Wanessa se pronuncia sobre piada de Rafinha Bastos


Wanessa se pronuncia sobre piada de Rafinha Bastos

Depois de mais de um mês de muita polêmica, Wanessa finalmente se pronunciou sobre o caso envolvendo Rafinha Bastos.

No "CQC" do dia 19 de setembro, após a exibição de uma matéria, Marcelo Tas comentou: "Que bonitinha que está a Wanessa Camargo grávida". Logo em seguida, Rafinha rebateu: “Eu comeria ela e o bebê”.

Após o afastamento de Rafinha do programa, seu pedido de demissão, piadas e um processo por danos morais, Wanessa abordou o assunto em seu site, com o título "A minha verdade".

A cantora contou como ficou sabendo do comentário, a sua reação e falou os motivos que a fizeram entrar com um processo contra o comediante.

Confira o comunicado, na íntegra:

Diante de um silêncio engasgado e em risco de sufoco, me coloco, aqui e agora, fora dessa condição.

Quero falar, não porque estão me cobrando essa palavra, não para dividir lados e opiniões e nem para ganhar defensores. Apenas quero tornar pública a minha verdade, já que se trata da minha vida e da vida do meu filho, que nascerá em poucas semanas, e também para defender a mim e a minha família de falsas acusações.

Mesmo sendo de conhecimento geral o começo de toda essa história, gostaria de voltar à ela.

Em uma segunda-feira, voltando de um trabalho para casa, alguém próximo me informou o que tinha acontecido. Chegando em casa, entrei na internet e vi o vídeo que mostrava o humorista Rafael Bastos falando sobre mim e, infelizmente, também do meu filho. Confesso que tive de rever umas três vezes para ter certeza do que estava vendo e ouvindo.

Não tive reação, só pensava em uma coisa: “calma, ele vai ´consertar´ a frase, dizer que se enganou, falou errado e pedir desculpas”. Mas isso, como todos sabem, não ocorreu dentro do programa naquela noite e nem mesmo naquela semana, seja na imprensa ou nas redes sociais.

No dia seguinte, toda mídia comentava o acontecido. Nos próximos dias, não havia uma pessoa que me encontrasse que não comentasse o assunto.

Confesso que o que era insuportável ficou pior ainda, pois, como se diz na linguagem comum: “vi e ouvi o nome do meu filho na roda” e a única pessoa capaz de estancar essa história, não o fez!

A cada dia que se somava de silêncio do outro lado, mais indignada e machucada me sentia. O assunto também indignou o público e eu não tenho nenhuma culpa disso. Já que a escolha de dizer o que queria em um programa ao vivo e em rede nacional, assistido por muitos, não foi minha.

Essa história foi tomando proporções maiores com cada atitude que o próprio humorista tinha. Aqui do meu lado, nada se ouviu sobre o assunto pois, inocentemente, ainda acreditava em alguma atitude de arrependimento.

A gota d’água, para mim, foi assistir a um vídeo produzido e postado pelo humorista onde ele, em uma churrascaria, ironiza toda essa história.

Em quase 11 anos como cantora já me senti e fui ofendida, já me julgaram de diversas maneiras, mas foi uma escolha minha quando resolvi seguir essa carreira e dar “a cara a bater”, porém, desta vez foi diferente. Rafael Bastos ofendeu, agrediu verbalmente, ironizou e polemizou com o meu filho.

E qual mãe no mundo não defenderia, até com sua própria vida, o seu filho?

Estou apenas desempenhando o maior papel que a vida me deu: ser mãe. Para defendê-lo, vi na Justiça de nosso democrático país, o melhor caminho. Por isso, entrei com um processo criminal de injúria que, segundo nossa Constituição e Código Penal, artigo 140 se aplica perfeitamente ao ocorrido, já que o crime de injúria consiste em ofender verbalmente a dignidade ou o decoro de alguém, ofendendo a moral, abatendo o ânimo da vítima.

Quando a notícia desse processo chegou ao conhecimento público, todos se apegaram a parte mais sensacionalista do caso, já que no artigo 140 a pena descrita para esse crime é de detenção de 1 a 6 meses. Esqueceram de dizer que a pena também se aplica com multa que pode ter um valor simbólico com doação de cestas básicas ou chegar a qualquer valor estipulado por um Juiz. E qual será o valor estipulado a ele se tivermos ganho de causa, não cabe a mim ou minha família decidirmos, isso cabe a Justiça.

Sinceramente, não estou interessada em dinheiro nenhum, muito menos que ele seja encarcerado em prisão alguma. Apenas desejo que esse processo faça o humorista repensar sua forma ofensiva de falar, disfarçada erroneamente em liberdade de expressão. Desejo a ele o arrependimento e que compreenda o ferimento que causou.

Gostaria de esclarecer, também, que eu e minha família não temos relação alguma com qualquer afastamento ou retorno envolvendo o humorista. Seria até pretensioso pensar que temos esse poder, já que a Band é uma empresa privada com seus donos, dirigentes e empregados e essa, sendo assim, se torna a única responsável por suas decisões. Qualquer notícia envolvendo esse poder fictício e covarde é falsa e mentirosa.

Muitas pessoas enviaram mensagens me pedindo para perdoar, mas só se perdoa quem pede desculpas e está arrependido. Eu não tive essa opção.

Essa é minha verdade e também a primeira e última vez que falarei publicamente sobre esse assunto. Tudo o que tinha para dizer eu disse aqui. Não sei se todos compreenderam minhas razões lendo este texto, mas peço, encarecidamente, pelo respeito ao meu silêncio de agora em diante.

Estou em um momento muito especial e sensível da minha vida e preciso de um pouco de paz, para receber meu filho com toda serenidade possível.

Obrigado pela atenção e espaço.

Wanessa Godoi Camargo Buaiz
-_-
Advogado que acusa Rafinha Bastos defende uma nova lei de imprensa

Luiz Gustavo Pacete 

O processo que o advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira redigiu contra o humorista Rafinha Bastos gerou polêmica já em sua concepção. Ferreira aponta que Rafinha ofendeu seus clientes: o empresário Marcus Buaiz, a cantora Wanessa Camargo e o futuro bebê. "O Código Civil diz que o nascituro, que é o caso desse futuro bebê, tem seus direitos garantidos desde a concepção. A partir daí, essa criança pode demandar pelas ofensas de sofrer", disse em entrevista à revista Veja.

STF

Ferreira pede que Rafinha seja condenado por injúria e pague uma ação moral avaliada em R$ 100 mil. O renomado advogado possui um histórico relevante na defesa de causas relacionadas à imprensa. Em maio deste ano, Ferreira afirmou, em um debate, ser saudoso em relação à lei de imprensa. "Caso ousassem, o jornal O Estado de S. Paulo não estaria há dois anos sujeito a uma censura judicialmente imposta", disse, em referência à censura que vive o jornal, seu cliente na época. De acordo com ele, a falta de regulamentação dá margem para censura prévia de reportagens com base no principio da privacidade.

No caso da censura do Estadão, Ferreira defende que a proibição de publicar matéria sobre a Operação Boi Barrica da Polícia Federal "ofende um valor constitucional maior que é o da liberdade de imprensa". Em sua coluna da última sexta-feira (21), na Folha de S.Paulo, a jornalista Barbara Gancia criticou Ferreira. Apesar de não concordar com a piada de Rafinha, ela destaca que não sabe se o advogado "foi movido por exibicionismo ou com o desafio de mostrar-se capaz de criar um fato novo". "Mas o doutor Manuel resolveu sair ao encalço do tal comediante em nome de uma idiossincrasia que só faz sentido aos olhos do Código Penal de 1940", escreveu.

Barbara concluiu, apontando que a atitude do advogado é "desnecessária". "Tenho pouca intimidade com a arte de Rafinha Bastos, custo a me identificar com seu humor fácil e não consigo ver nele o mesmo futuro que percebo em um Marcelo Adnet, numa Tatá Werneck ou em um Danilo Gentili. Mesmo assim, eu não saio por ai querendo colocar o Rafinha atrás das grades por causa de uma causa boboca."

O Portal IMPRENSA entrou em contato com o advogado por meio de seu escritório, em São Paulo, e aguarda uma resposta para entrevista.

FIFA ignora lei e religião em favor do dinheiro da cerveja


Fifa ignora polêmicas na Copa e renova patrocínio com cervejaria

Se a ideia do Brasil é a de manter a proibição contra a venda de bebidas alcoólicas nos estádios da Copa de 2014, esse projeto sofreu um duro golpe ontem. A Fifa anunciou a renovação de seu contrato multimilionário com a cervejaria belgo-brasileiro Anheuser-Busch InBev até 2022, quando o Mundial ocorre pela primeira vez em um país muçulmano: Catar. 

Pelas leis islâmicas, a bebida alcoólica e sua publicidade são proibições religiosas. Mas, por dinheiro, a Fifa ignorou tais preceitos e fechou um contrato com a InBev para patrocinar a Copa. O recado ao Brasil foi claro: nenhuma lei, nem a religiosa, serve de limite para o Mundial. 

O governo brasileiro e a Fifa travam atualmente uma batalha em torno da Lei Geral da Copa – o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, desembarca na semana que vem no Brasil justamente para tentar superar a polêmica. 

O Brasil insiste que nenhuma entidade vai forçar suas leis em detrimento da soberania nacional. A Fifa, porém, não abre mão de ter bebidas de um de seus principais patrocinadores sendo vendidas em todos os 12 estádios brasileiros. 

Mostrando que nem leis religiosas são impedimentos para a entidade, a Fifa anunciou ontem, sem qualquer constrangimento, o contrato com a fabricante da cerveja Budweiser para o Mundial de 2018, na Rússia, e o de 2022, no Catar – será o primeiro país árabe a receber o evento. 

"Estamos ansiosos para trabalhar em cooperação com os patrocinadores até 2022, e até depois disso", disse Jerome Valcke. A cerveja patrocina a Copa desde 1986, e paga em média US$ 25 milhões por ano para ter sua marca relacionada ao evento. "Desde que se juntou à nossa família, a Budweiser teve um papel vital no desenvolvimento da Copa do Mundo como grande evento", afirmou Valcke.