terça-feira, 4 de novembro de 2008

CBN para de veicular spot do Sindicato dos Bancários de São Paulo

CBN para de veicular spot do Sindicato dos Bancários de São Paulo

A Rádio CBN (FM 90,5 e AM 780 kHz - São Paulo/SP) interrompeu a veiculação de um spot do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco (SP) e Região e de outras entidades ligadas a federações estaduais e ao Santander Banespa, na tarde desta sexta-feira (31/10).

No comunicado, o sindicato acusa o presidente mundial do Banco Santander, Emílio Botín, de promover demissões, devido à compra do Banco Real pelo Santander, que mantém o controle acionário do Banespa.

Segundo o diretor-geral do Sistema Globo de Rádio, Rubens Campos, a transmissão do comunicado, por cinco vezes, na manhã da sexta-feira (31/10), ocorreu por uma falha na área comercial.

"O informe da AFUBESP - Associação dos Funcionários do Grupo Santander, Banespa, Banesprev e Cabesp - foi ao ar na manhã de sexta-feira, 31/10/08, apesar de seu conteúdo estar em desacordo com as normas da área de operação comercial da Empresa", disse Campos.

O diretor acrescentou que a agência do sindicato poderia rever o texto.

Ernesto Izumi, secretário de imprensa do sindicato, afirma que a entidade não pretende mudar o comunicado. Acusa ainda o Banco Santander de interferir para que Campos tomasse a decisão de retirar o spot do ar.

O Banco Santander respondeu que "não fez e nem faria nenhuma pressão e não nos cabe essa liberalidade".

Fontes: Comunique-se
/AdNews

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Cidades aprovam mais alunos para aumentar indíce do Ideb

Cidades aprovam mais alunos para aumentar indíce do Ideb
Folha Online

Seiscentos e setenta e quatro municípios brasileiros conseguiram melhorar ou manter seu Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2005 a 2007 única e exclusivamente por causa do aumento nas taxas de aprovação. Nessas cidades, o desempenho dos alunos nos testes de matemática e português caiu ou ficou estagnado, mas foi compensado pelo aumento, em alguns casos surpreendentes, da aprovação em dois anos.

Esses municípios representam 16% dos avaliados pelo MEC no primeiro ciclo do ensino fundamental (de primeira a quarta séries). Em outros 2.497 (58%), a aprovação também contribuiu para melhorar a nota, mas não foi o único fator.

O Ideb é um indicador criado pelo MEC para monitorar as metas de melhoria da qualidade da educação básica. Ele é composto pelas taxas de aprovação e pelo desempenho dos estudantes em testes de português e matemática. Por isso, a nota pode variar tanto por causa da aprovação quanto pelo desempenho dos alunos.

Para o presidente-executivo do movimento Todos Pela Educação, Mozart Ramos, as cidades que cresceram seu Ideb só por causa da aprovação terão agora que melhorar em português e matemática, o que é mais difícil. "O próximo secretário de Educação dessas cidades não terá mais essa gordura para queimar, já que os que aumentaram a aprovação de forma acentuada chegaram perto do limite. Seu Ideb poderá estagnar ou até piorar se o desempenho dos alunos não avançar."

Preocupado com o aumento só pela via da aprovação em alguns casos, o movimento Todos Pela Educação fez a mesma conta, mas considerando apenas as capitais. Foram identificadas nove cidades no primeiro ciclo do ensino fundamental (primeira a quarta) e sete no segundo ciclo (quinta a oitava) em que o Ideb aumentou, mas houve piora no desempenho em português ou matemática.

Para o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, órgão do MEC responsável pelas avaliações), Reynaldo Fernandes, o resultado dessas cidades deve ser acompanhado nas próximas avaliações. "Se a cidade deu um salto na aprovação e o desempenho dos estudantes não cair, isso é ótimo. Mas, se aprovou demais sem saberem nada, a tendência é o Ideb cair."

Um cálculo do Inep com base no Ideb mostra que o aumento das taxas de aprovação foi responsável por 41% da melhoria do resultado. O componente que mais explicou o avanço, no entanto, segundo essa conta, foi a melhoria do desempenho em matemática (46%). Português foi responsável por 14%.

Pesquisador da USP-Ribeirão Preto e ex-diretor do Inep, José Marcelino Rezende Pinto afirma ser difícil avaliar se os índices de aprovação melhoraram de forma real ou artificial.

"Numa situação normal, o aumento da aprovação seria motivo de festa. Em um sistema no qual se vinculam recursos à taxa de promoção, o dado é de difícil mensuração."

Ele diz, porém, que o aumento da aprovação também é desejável. "Mas aprovar não significa que o aluno aprendeu ou que a escola cumpriu sua função de ensinar."(Antônio Góis e Fábio Takahasi/Folha de São Paulo)
Fonte Fátima News