segunda-feira, 31 de março de 2008

Mãe que abandonou bebê no DF quer reaver a guarda do filho



Farlúcia Rodrigues, a mãe que abandonou o filho em um prédio residencial da Asa Sul, bairro nobre de Brasília, deve entrar, nesta segunda-feira (31), com pedido na Justiça para reaver a guardar do bebê. Com a assistência de um defensor público, ela conseguiu a autorização para amamentar o filho em um hospital da cidade, no último domingo (30).

No sábado (29), a mãe foi localizada e ouvida pela polícia. Arrependida, disse que abandonou o bebê porque não teria como criá-lo.

"Eu sozinha e ainda não conheço ninguém. O pai dele não falou nada, não disse se iria me ajudar ou não. Então, eu saí com a criança e fiquei pensando. Foi quando resolvi deixá-lo", contou a mãe.

A polícia chegou a pedir a prisão preventiva de Farlúcia Rodrigues, já que, ao prestar depoimento, ela teria falado na intenção de deixar Brasília. Mas o pedido foi negado.

As investigações continuam. "Dentro de 30 dias vamos concluir esse inquérito policial e encaminhar ao Judiciário", explica a delegada Marta Vargas.


Estado de saúde do bebê

O bebê deixou o setor de emergência e agora está em um berçário especial. Segundo médicos, a sua saúde é perfeita.

"O bebê chegou em boas condições, nada que sugerisse maus-tratos. A criança está bem, com a sucção ativa, com os exames laboratoriais dentro da normalidade e com o exame físico absolutamente normal", afirma o médico Eduardo Hecht.


Fonte: G1

TV digital: melhores imagens e só

Ela primeiro chegou a São Paulo. Oficialmente no dia 2 de dezembro de 2007, com direito à festa no arraial paulistano e a presença do presidente Lula. Daqui a três semanas, será a vez do Rio de Janeiro; provavelmente no dia 20 de abril, por desejo da Rede Globo, que pretende aproveitar seu aniversário para estender os recursos da TV digital de alta definição, vulgo HDTV, aos 17 municípios da Região Metropolitana do Rio. Em São Paulo, as redes inauguraram o sistema juntas. No Rio, a Globo sairá na frente, sem que se saiba em que datas a Bandeirantes, o SBT, a Record e a Rede TV! darão tchau ao analógico.

Mas parece certo que, ainda neste semestre, será possível apreciar com maior nitidez e melhor sonoridade a brejeirice de Márcia Goldschmidt e Sonia Abraão, a breguice de Hebe, Gugu, Otavio Mesquita e Raul Gil, os ademanes de Gasparetto e os púlpitos e pátios dos milagres de todos os bispos e pastores da Rede TV! e da Record. Pérolas aos porcos.

Para quê imagens com maior definição se o que elas em geral exibem não merece mais do que um jurássico televisor em preto & branco? Para nos emburrecermos letalmente diante de um televisor ("amusing ourselves to death", na feliz expressão de Neil Postman sobre a vampirização da humanidade pelo vídeo), a transmissão analógica basta. Se o olhar do observador altera o objeto observado, o foco perfeito não melhora a qualidade intrínseca do objeto focalizado.

A questão fundamental, portanto, não diz respeito a monitores de plasma ou cristal líquido, com 1.080 linhas, miríades de pixels e conversores integrados ou periféricos, mas a formas & conteúdos tão ou mais ultrapassados que um tubo de raios catódicos.

Com raríssimas e escasseantes exceções, a televisão brasileira anda muito ruim, quase italiana, só um pouco acima da mexicana. Tecnicamente, avançamos bastante; chegamos até a impor um padrão internacional de teledramaturgia, mas até nessa seara estacionamos; ou melhor, regredimos, caindo num esquematismo, numa mesmice de dar dó. E que até os comerciais já contaminou, sobretudo os de automóveis, cervejas e produtos de beleza, a maioria deplorável.

Suposta salvação da lavoura, a TV a cabo e por satélite, no Brasil, revelou-se uma decepção. Pouco importa que, devido ao número insatisfatório de usuários, nossa TV paga não possa ter cumprido suas promessas ("Programas exclusivos!", "Sem intervalos comerciais!", "Somente filmes legendados!" etc.) nem baixado os preços da assinatura a níveis mais compatíveis com o bolso do brasileiro médio. A Sky fala muito em interação com o telespectador, mas não lhe possibilita montar um pacote razoavelmente ajustado às suas preferências.

Mesmo o cliente que, persuadido a contratar um pacote de 98 canais, optou por outro de, digamos, 78, para evitar uns 20 sem o menor interesse para ele, teve de engolir um chorrilho de inutilidades. Ou levamos o filé de 200 gramas de carne e 30 quilos de osso, ou nada feito.

Experimente abrir mão dos sete ou oito canais de programação infantil, perfeitamente dispensáveis para quem não tem filhos. Se conseguir livrar-se de todos eles, na certa perderá outros de seu particular interesse, compulsoriamente atrelados aos puericanais recusados.

Zapeando pela grade da Net ou da Sky Net+Directv, um assinante não vidiota se detém, no máximo, em dez canais. O que não quer dizer que na maioria deles permaneça mais de alguns segundos, tempo suficiente para uma estimativa do tédio ou do insulto à inteligência que o aguarda. Sei de gente (com uma quantidade razoável de neurônios e afeita a diversificadas formas de lazer & cultura) que salta direto da Globo para os dois canais Sportv, desprezando cerca de 34 (trinta e quatro!) emissoras intermediárias, invariavelmente enxundiadas por cultos religiosos, camelôs eletrônicos, videoclipes de rock, fofoquinhas de celebridades, desenhos desanimados e leilões de gado, jóias e ouropéis.

Ok, o canal de golfe é bônus. O Speed também. Bônus, do latim "bônus" (bom), é sinônimo de prêmio e vantagem. Para quem despreza golfe e veículos em alta velocidade, tais bonificações não são um prêmio, mas uma usurpação de espaço. Nestes e noutros, ocupados por canais como Managementv, Canção Nova, Terra Viva, LBV etc., poderiam estar, franqueados ou com desconto, um ou dois HBOs, um Cinemax, um Maxprime (que, aliás, está exibindo a melhor telessérie dos últimos tempos, A Escuta).

Até por dever profissional, sou freguês assíduo da Globo News (e com maior entusiasmo quando Ana Paula Couto comanda o Em Cima da Hora), visitante bissexto do GNT (ele é de Vênus, eu sou de Marte, certo?), freqüentador constante do Universal (por conta de House, Law & Order S.V.U. e Monk), e, eventualmente da CNN. Ando cada vez mais alheio às sessões dos Telecines, pois até o melhor deles, ex-Classics, adotou nome mais elástico (Cult) para justificar os abacaxis que praticamente passaram a monopolizar suas sessões.

Abandonei o Sony desde que de sua programação desapareceu o C.S.I. Las Vegas, banido para o AXN. Assinei, esperançoso, o TCM, que já se acomodou ao que Graciliano Ramos chamava de "gosto rombudo das massas", atravancando seu horário nobre com as nostálgicas baboseiras (Chaparral etc.) antes confinadas ao nicho vespertino. O Eurochannel costuma ser um tédio à altura das cinematografias que representa. O Hallmark Channel é uma tapeação, com a agravante de que não ensinaram ao locutor que promove seus filmes a pronúncia correta de Hallmark: é "Rolmarque", e não "Carimaqui", como ele persiste em dizer, como se estivesse nos oferecendo uma nova variedade de sushi.

Como cobram R$ 200,00 de mensalidade por 93 canais, cada um custa em torno de R$ 2,15 por mês, uma pechincha para quem usufrui de todos eles. Para quem não tem o hábito de assistir a mais de 10 canais desse pacote, a conta, no fim do mês, chega a R$ 20,00 por canal. Seria um preço razoável se os 10 canais nos enchessem as medidas ― e, acima de tudo, se ganhássemos em dólar, que, embora até aqui deliqüescente, ainda vale quase o dobro do real.

Minto: nem assim. A Digital Cable de Nova York cobra US$ 61.50 por mês por um pacote de 225 canais. Por cada canal, o assinante desembolsa cerca de 27 centavos de dólar (mais ou menos 50 centavos de real).

Há muito virou pó a esperança de que, quanto mais assinantes a TV paga amealhasse, maior qualidade poderia oferecer. Num país como o nosso, apinhado de ignorantes, tal lógica não funciona. Aqui, quanto mais o consumo de algo se horizontaliza, mais se amplificam a mediocridade e o desleixo. A programação da Globosat maiamizou-se inteiramente, inclusive por ser, em grande parte, comandada de Miami. Esto tiene un precio. Até com chamadas em portunhol somos, ocasionalmente, agredidos, quando não surpreendidos por chamadas e documentários com legendas em espanhol, como o que o TNT exibiu há tempos sobre o ator Roger Moore.

As inopinadas alterações na localização de canais na grade, que a inúmeros assinantes tanto irrita, são de somenos. Mais graves são as insistentes reprises e os erros ditados pela incompetência dos tradutores de narrações e legendas: erros crassos de português e identificação (o cineasta Irving Rapper já virou "Ralph Rhaper"; o ator James Garner ganhou um Gardner de sobrenome; a famosa delicatessen nova-iorquina Balducci virou "Valduchi"; e acho que não preciso esclarecer quem, num documentário sobre Shirley Temple, apareceu, nas legendas, como "Adolphe Mangiou" e "Darry F. Sanik"). Por anos a fio, em todo filme ou seriado policial aparecia um personagem chamado Coroner. Coincidência ou falta de imaginação dos roteiristas americanos? Não, ignorância dos nossos tradutores. Coroner não é nome de gente, mas profissão: médico legista, figura onipresente em qualquer intriga policial.

Volta e meia somos agredidos, nos rodapés da Sky, com batismos apócrifos impostos a filmes antigos, cuja identificação exige uma certa perícia da parte do telespectador, e também por qualificações absurdas, como enquadrar uma comédia musical da Metro na categoria "drama de tribunal" (sim, era "Les Girls", de George Cukor). Nem os mais ridículos títulos aqui dados a filmes estrangeiros deveriam ser mudados pelo capricho ou pela ignorância de nossos programadores. Nem mesmo East of Sumatra, lançado no Brasil em 1954, com o inexplicável título de Ao Sul de Sumatra, deveria ser corrigido pela Net.

Crescentemente nivelada por baixo, repetindo filmes ad nauseam (Quatro Casamentos e Um Funeral, O Reverso da Fortuna, Legalmente Loura, Risco Duplo, Homicídios Ocultos), a TV paga acabou se rendendo até ao filme dublado, essa invenção fascista cujo incentivo deveria ser expressamente proibido pelo Ministério da Educação. O antigo Telecine Comédia foi rebaixado a Pipoca justamente para fomentar, com sua programação dublada, o nosso contingente de analfabetos.

Legendas erradas, o ouvido experiente corrige. Mas as asneiras da dublagem passam impunes. Só os muito espertos sacaram que a "mamãe assobiadora", por quem um dos protagonistas da versão dublada de Uma Loura Por Um Milhão (Fortune Cookie, de Billy Wilder) jura como quem jura pela mãe mortinha, era ninguém menos que a veneranda Anna Whistler, mãe do pintor James Whistler, celebrizada no famoso quadro "Whistler's Mother", pintado por seu filho em 1871. Se tivessem traduzido "Whistler's Mother" por "mãe do assobiador", em vez de "mamãe assobiadora", apenas uma mancada teria sido cometida. Desgraçadamente, em matéria de defeitos, nossa TV paga não se contenta com menos.

Nota do Editor
Texto gentilmente cedido pelo autor. Originalmente publicado n'O Estado de São Paulo, no dia 15 de março de 2008.

Sindicalista vai entrar com ação contra a taxa do Detran

O presidente da Feintramag (Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso), José Lucas da Silva, vai entrar com ação contra a taxa de registro em cartórios de contratos de financiamento de veículos, instituída em 3 de março em Mato Grosso do Sul e conhecida como “taxa do Detran”. Durante a transação de uma caminhonete da federação, o líder sindical foi obrigado a recolher uma taxa no valor de R$ 400,00. Indignado com mais esse ônus, “criado somente para gerar renda para cartórios e ao Detran”, ele resolveu recorrer.

“Não é pelo valor, mas sim pela indignação de arcarmos com mais esse tributo num país que mais se paga impostos no mundo”, comentou José Lucas explicando ainda que essa taxa não proporciona nenhum benefício ao consumidor. “Ora, se proporcionasse algum benefício, ainda assim teríamos que avaliar sua criação ou não. Mas de acordo com nossas consultas, inclusive na área judicial, não encontramos respaldo algum que beneficie nós, consumidores”, explicou.

José Lucas da Silva é coordenador geral do Fórum Sindical dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul – FST/MS, organismo que integra dezenas de sindicatos e federações de trabalhadores no Estado. Ele disse que o fórum também é contra a permanência dessa taxa que só onera a vida dos trabalhadores que já são obrigados a carregar nas costas pesados ônus que implicam em mais de 140 dias trabalhados no ano somente para sustentar os cofres públicos através dos incontáveis taxas e tributos recolhidos sobre tudo o que usamos e consumimos.

Globo muda votação de Big Brother Brasil, diz 'Outro Canal' .

A Globo deve adotar novo critério para votações nos paredões do reality show "Big Brother Brasil", informa nesta segunda-feira a coluna "Outro Canal", assinada por Daniel Castro na Folha de S.Paulo --cujo conteúdo na íntegra está disponível para assinantes do jornal.

A emissora tende a abandonar o sistema atual, em que votos por telefone fixo, SMS e internet têm pesos diferentes, e passar a considerar cada voto um voto, independentemente do meio utilizado, segundo o colunista.

A mudança é estimulada pela polêmica gerada na final da oitava versão do programa, na qual o campeão, Rafinha, superou a vice, Gyselle, por apenas 0,3 ponto percentual. O resultado gerou protestos de deputados do Piauí, Estado de Gyselle.

Se o voto pela internet, no qual se saiu bem Rafinha, valesse tanto quanto o pelo telefone, o músico teria quase 53% dos votos, de acordo com a coluna.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Abusos na TV - (apresentadores)

Famoso pela apresentação diária, em rede nacional, de um programa da TV Bandeirantes que faz mix de matérias sobre as mazelas da cidade de São Paulo, José Luiz Datena desancou, dia desses, seus colegas “animadores” que usam a força comunicadora da televisão para virar políticos profissionais. Com efeito, como num passe de mágica, se esforçam ao máximo para assumir a condição de candidatos de plantão a qualquer mandato eletivo que apareça pela frente. Há, todavia, uma inusitada preferência pelos cargos que manejam gordas verbas públicas.
Num ato de coragem, Datena - um crítico contumaz dos gestores públicos oriundos da classe política - confessou que sua posição de apresentador de TV não o credencia a gerir a coisa pública. Só faltou dizer que criticar é fácil; difícil é, na condição de prefeito, governador ou presidente, dar respostas às demandas da sociedade.
A carapuça levantada pelo consagrado apresentador, sem dúvida, cabe à perfeição na cabeça de centenas de "justiceiros" da TV espalhados pelo Brasil afora. Principalmente, em Mato Grosso e, mais particularmente, em Cuiabá. Na capital mato-grossense, aliás, esse estilo de fazer “TV popular” aflora com força total, sempre com o propósito velado de seduzir, ludibriar e enganar a boa-fé de milhares de cidadãos.
Lamentavelmente, o alvo principal desses “programas” são pessoas das camadas sociais de baixa renda e pouca escolaridade. São vítimas em potencial e prediletas de espertalhões, que, na maior cara de pau, se apresentam como "jornalistas" críticos. Pior, se esforçam para se revelar aos olhos dos incautos como portadores de soluções para problemas e dificuldades que apontam na gestão da Capital, do Estado, do Brasil.
Logo, vão ensinar como se pode mudar o mundo.
A ganância por cargos na máquina pública leva alguns desses elementos a assumirem a condição de donos absolutos da verdade; misturam o trabalho profissional - que precisa ser desempenhado com isenção para ser respeitado - com a atividade política, partidária e eleitoral. E, nessa ânsia desenfreada pelo Poder, à revelia de princípios éticos, elegem "adversários", possuidores ou não de mandatos.
A mídia televisiva é farta nesse tipo palanque eleitoral extemporâneo, obviamente, pelo poder de penetrar nos lares, sem pedir licença. A falta de pudor impede qualquer preocupação com o que o sensacionalismo barato possa causar às famílias. Ademais, provoca uma concorrência desleal com os demais candidatos, que, sem a força da TV ou de qualquer outro veículo, não têm o princípio da igualdade de condições.
Em boa hora, o Ministério Público Eleitoral deu um basta nessa farra, ao intimar os telecandidatos (casos dos deputados Walter Rabello, Maksuês Leite e Sérgio Ricardo) a evitarem qualquer forma de manifestação (principalmente, as famosas doações) de cunho político-eleitoreiro. Ricardo (PR) desistiu da candidatura e mantém a tônica clientelista do seu programa na TV Band; Maksuês (PP) postula a Prefeitura de Várzea Grande, mas respeitou a determinação do TRE e enfatiza o caráter policialesco do seu programa na TV Rondon; Rabello, ao que parece, faz de conta que não é com ele.
De fato, em vez de respeitar a Lei e dar exemplo aos seus fanáticos seguidores, o apresentador da TV Cidade (SBT) optou por dar o troco, ao transformar o Ministério Público (estadual e federal) em "saco de pancada". De fato, diariamente, ele bate duro no MP. Suspeita-se que seu objetivo seja pretender desqualificar as denúncias que pesam contra ele, entre as quais, a de crime de infidelidade partidária.
O mínimo que se pode dizer é que faltam ética e responsabilidade jornalística da parte do deputado-apresentador-cantor-ator do PP. A Justiça não pode ser tratada com escárnio. Há uma clara demonstração de despreparo para o exercício de cargo público. Como se não bastasse o fato de o deputado Rabello, por si só, se revelar extremamente incompetente para exercer a profissão de “jornalista”.
Antonio de Souza é jornalista em Cuiabá.
af-souza1957@uol.com.br
asouza80@hotmail.com

Globo quer Ivete exclusiva

Emissora quer que a cantora assine um contrato definitivo e de exclusividade

Fredson Navarro, do Emsergipe.com, com informações do Ibahia


Se depender da Globo, a cantora baiana será o Roberto Carlos de (mini) saia da casa. Depois do relativo sucesso do musical 'Estação Globo', a emissora quer que a cantora assine um contrato definitivo e de exclusividade. Assim como Roberto Carlos, ela só poderia participar de programas em outras emissoras com uma autorização especial.

A idéia não agrada a parte do staff de Sangalo, que mede as conseqüências de uma cantora --que é sua profissão de fato, e o que ela mais gosta de fazer-- virar apresentadora enquanto troca 'todas as outras mídias' pela Globo.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Prisão de menina no MS afronta Estatuto da Criança

Menina de 12 anos presa em cadeia de MS é solta

A menina K.B.D, 12 anos, que estava presa em uma cela comum da Cadeia Pública de Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul, foi solta na segunda-feira, 17, por ordem do juiz da 2ª Vara Civil do município, Marcelo de Oliveira.
Ela foi detida no dia 11 deste mês, depois de agredir o delegado de polícia Edson Pigoso para defender o namorado, um rapaz de 18 anos. A menor está passando por exame de corpo de delito, para constatar ou não denúncias de que foi estuprada. Ainda não se sabe se o suposto estupro teria ocorrido dentro da cadeia ou com o namorado.



Cléa Carpi: prisão de menina no MS afronta Estatuto da Criança
A secretária-geral do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Cléa Carpi da Rocha, afirmou ontem (18) que o episódio da prisão de uma menina de 12 anos na delegacia da cidade de Sidrolândia (MS), por quase uma semana, “representou uma afronta ao Estatuto da Criança e do Adolescente e fere as disposições da Convenção sobre os Direitos da Criança, ratificada pelo Brasil em 1990”. Ela lembrou que o fato, pela sua gravidade, foi prontamente condenado pelo presidente em exercício da OAB Nacional, Vladimir Rossi Lourenço, seguido por decisão da Seccional da OAB do Mato Grosso do Sul de cobrar informações da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado sobre os motivos que levaram o delegado Edson Pigosso a manter a menina presa numa cela.

“A sociedade não pode admitir essa violência nem mesmo com a desculpa de evitar mais violência”, sustentou Cléa Carpi. “A tenra idade da adolescente, recém saída da infância, independente da infração que tenha cometido, necessita ser respeitada e receber o devido cuidado da tutela do Estado”. A secretária-geral do Conselho Federal da OAB observou que pelas normas vigentes o adolescente, ante uma infração grave, deve ser encaminhado para um núcleo apropriado, onde o atendimento precisa estar compatível com seu desenvolvimento psíquico ainda em formação.

O caso da prisão da menina de Sidrolândia, que foi solta na última segunda-feira (17), teria ocorrido após desacato ao delegado, quando compareceu à delegacia para evitar que o namorado, de 18 anos, fosse detido. Conforme as versões, quando o delegado tentou pegar o celular da menina, ela teria lhe desferido um soco. O delegado teria comunicado o fato ao juiz da comarca e feito exame de corpo delito para comprovar a agressão. A menina passou quase uma semana presa em uma cadeia onde estavam 20 homens.

Delegado apreende máquina fotográfica em Sidrolândia

O delegado de Sidrolândia, responsável pela prisão de uma menina de 12 anos na semana passada, foi protagonista de outra atitude polêmica na tarde de hoje. Ele tomou a câmera fotográfica de um representante comercial que fotografava uma ação que demonstraria o trabalho na delegacia da cidade.

Marcos Antônio Leite teve o equipamento apreendido porque o delegado Edson Pigosso não concordou com fotos de presos e conversa do representante comercial com os detentos. “Fui convidado por um pastor para fazer um protesto em favor do delegado. Mas lá dentro conversei com os presos sobre as condições da delegacia e ele apreendeu minha máquina”.

Na ação, a lente da máquina foi quebrada e todas as fotos apagadas. “Eu procurei a defensoria que me devolveu o equipamento. Agora vão me ajudar sobre o procedimento no caso”, explicou. O representante alega ainda que foi ofendido pelo delegado quando foi retomar o equipamento.

Ele explicou que foi chamado para ajudar o pastor em ação que contribuiria para melhorar a imagem do delegado depois que foi descoberta a prisão de uma criança na delegacia. A menina foi presa depois que agrediu o delegado e ficou seis dias na Delegacia, 48 horas sem sequer o direito a defensoria pública.

A informação na delegacia de Sidrolândia é de que Edson Pigosso devolveu o equipamento e veio para Campo Grande. O motivo da viagem não foi informado.



Delegado toma soco no olho e ainda pode ir para rua.
Terça-feira, 18 de Março de 2008 17:50Diante da situação de querer bancar o Xerifão justamente em cima de uma menor, o Delegado de Polícia Civil Edson Figosso tomou um baita soco no olho e como ‘vingança’ resolveu enquadrar aos costumes uma menor de apenas 12 anos.

Para o Xerifão de Sidrolandia, o mais fácil foi prender ao invés de procurar a família. Será que com os boyzinhos problemáticos da cidade, aqueles que em toda cidade de interior tem as pencas, e que são filhos de famílias abastadas, ele faz o mesmo? Claro que não.

Como era uma menina e em condições de desigualdade perante a autoridade policial, o mais fácil foi ignorar a lei, e rasgar o estatuto da criança e do adolescente.

Muito bem fez o governador, que mandou abrir sindicância e após essa conclusa, todos sabem que ele irá punir com todo rigor a autoridade que coagiu uma menor para satisfazer vaidades pessoais. O pior de tudo, é que mais do que depressa o assessor de comunicação da entidade(Polícia Civil) tratou de vir a público e defender de unhas e dentes o colega.

Mato Grosso do Sul não pode e não deve imitar o Pará, ao contrário punir exemplarmente o delegado e com isso mostrar ao Brasil que aqui quem manda é o governador, não é associação classista, nem tampouco assessor pago com dinheiro público, e que fica somente saindo em favor de colega de classe todas as vezes que esses erram durante o desempenho profissional.

E com os 'colegas' malandros de distintivo ele faz o mesmo?

Durante a Operação Xeque-Mate um bando de 'autoridades' foram flagradas em escutas telefônica envolvidas até a tampa com os jogos ilícitos, e bandidagem explícita.

Algumas dessas 'autoridades' pegas com a boca na botija. ninguém viu bandido de distintivo saindo algemado ou na 'caçapa' de camburão. Talvez O 'Doutor' xerifão de Sidrolândia não deva ter sido chamado para agir, pois caso estivesse, com certeza ele iria, tomar os celulares dos 'colegas' e mandassem colocá-los no xadrez que é lugar de bandido, seja ele 'autoridade' ou não. ao contrário disso o que se viu foi um monte de 'colega' preocupado com a 'integridade' de polícial bandido pelos corredores da PF e torcendo para que a 'injustiça' acabasse logo, afinal não fica bem 'autoridade' ser pega com a boca na butija.

Xerifão de Sidrolândia, tú anda fazendo falta aqui na capital, seria bom o André Puccinelli trazer você já já para cá! Ei xerifão sai já daí sai, antes que tú seja expulso! Pede pra sair, pede! Você só faz isso, 'herói' com filha de coitadinho do interior! Apanhou sim e pouco, tinha que levar soco era nos dois olhos.
ultimahoranews
Capitam Bado.com


Polícia quer prender namorado de menina por estupro

Indiciado por estupro, o rapaz de 18 anos que namorava a menina de 12 anos, que ficou presa por quatro dias em uma das celas da delegacia de Sidrolândia, cidade a 64 quilômetros da Capital, está sendo procurado pela polícia.

Pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) a menina ou menino com 12 anos envolvido em relacionamento amoroso e sexual é vítima de estupro, pois não tem maturidade suficiente para o convívio conjugal. A menina fugiu de casa, foi morar com o rapaz. A mãe registrou o boletim de ocorrência na delegacia da cidade.

O Ministério Público autorizou a apreensão da jovem e a prisão do namorado. A garota acabou sendo notícia em jornais de repercussão nacional. Ela foi até a delegacia para proteger o rapaz e conversar com o delegado Edson Figosso, conhecido por adotar a linha dura com os presos.

Consta segundo informações da DGPC (Diretoria Geral da Policia Civil), Ministério Público e Conselho Tutelar, que a menina agrediu o delegado com um soco no rosto. Ele tentava investigar o caso e ao conversar com a garota ele recebeu uma mensagem no aparelho celular. Ao tentar tirar o objeto do bolso da menina foi surpreendido com um soco.

Contrariando o ECA, Figosso manteve por quatro dias a menina presa na delegacia. Ele teve o aval da Justiça e do Ministério Público. Como a Defensoria Pública pediu somente na sexta-feira a soltura da menina, o caso se arrastou no fim de semana. No domingo o Midiamax recebeu a denúncia e publicou matéria sobre a irregularidade.

Neste dia, uma reunião ocorreu entre os protagonistas do caso. A menina foi solta e está com a família.

No sétimo ano, foi hoje à escola e por seis meses receberá atendimento de uma equipe de assistência social e psicologia.

Como medida punitiva, a chamada sócio-educativa, a garota terá que prestar contas todos os meses à Justiça sobre o seu dia-a-dia. O namorado dela está foragido.

O Conselho Tutelar acompanha o caso e informou que o jovem é desempregado, não tem envolvimento com infrações e mora com a família dele.

Dourados Agora


Sidrolândia: em sigilo, Estado tira garoto infrator de delegacia

Jacqueline Lopes

A cidade de Sidrolândia, situada a 64 quilômetros da Capital, viveu hoje mais um dia movimentado por conta da presença de jovem em conflito com a lei na delegacia da cidade. Depois de ser escândalo nacional por manter por quatro dias presa na cela da delegacia da cidade uma menina de 12 anos, colocada em liberdade ontem, hoje foi a vez do menino de 17 anos, droga dependente desde os 13 anos, e que há cerca de quatro meses ficou numa cela separada ali na delegacia à espera da transferência para Campo Grande

“Está o maior movimento na delegacia. Tem gente da Unei (Unidade Educacional de Internação) com carro e tudo para tirar o menino de lá e levar para Campo Grande”, disse um morador que assiste a tudo e pediu para não ter o nome divulgado por medo de represália.

O caso do menino foi abafado ontem. As autoridades deram explicações sobre a situação da menina de 12 anos que deu um soco no rosto do delegado Edson Figosso e acabou ficando presa por lesão corporal. O policial investigava o caso de desaparecimento da menina que estava vivendo com o namorado de 18 anos. Como ela tem apenas 12 anos, o Ministério Público determinou que fosse feita a apuração por estupro.

A meninas foi sozinha até a delegacia para defender o namorado e lá, o delegado tentou pegar o celular que estava no bolso dela e acabou sendo atingido por um soco.


Por pelo menos seis vezes o Midiamax buscou contato com o delegado por telefone para saber dele a situação da Polícia Civil no município e também o por quê de ter mantido a menina, e agora o garoto, no cárcere privado. Mas, ele não atendeu. A assessoria de imprensa da DGPC (Diretoria Geral da Polícia Civil) informou que o delegado não vai dar entrevista e que no caso da menina a ação ocorreu com o respaldo da Justiça e Ministério Público.

Na cidade há um boato de que Figosso seja penalizado e até transferido para outro setor da Polícia Civil. O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, disse ontem que o delegado seria investigado através de um procedimento administrativo. No entanto, a DGPC não recebeu nenhum pedido oficial sobre o assunto.

Superlotação

Hoje em Campo Grande são 139 adolescentes e crianças nas três Uneis. A Unei feminina tem 12 jovens e um bebê recém-nascido. A capacidade é para 16 meninas, mas o juiz tenta manter uma folga de 4 vagas por causa do conforto do bebezinho.


Na Unei Los Angeles dona de uma capacidade para 24 adolescentes em conflito com a lei, mas conta com 47 garotos. Na Unei da BR-262 são 80 jovens num espaço para 48. O raio-x das casas abrigo sinalizam a superlotação, um gargalo para a ressocialização dos jovens.

Menina
Hoje a menina de 12 anos está em casa já foi para a escola, onde cursa a 7ª série. Os conselheiros tutelares acompanham o caso da menina que deverá por seis meses ser monitorada pela equipe de assistentes sociais e psicólogos do município.


Ao Midiamax o juiz da Infância e da Adolescência da Capital, Danilo Burin, responsável pelas casas abrigo de Campo Grande, as chamadas Uneis (Unidades Educacionais de Internação), disse não foi procurado para providenciar uma vaga a menina de 12 anos, que ficou quatro dias presa em uma cela separada dos 38 detentos da delegacia de Sidrolândia.

Indagado sobre o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o juiz diz que é prevista internação provisória em local adequado por no máximo 45 dias. Ele preferiu não comentar a posição da comarca de Sidrolândia que autorizou a permanência da menina da delegacia. O escândalo ganhou repercussão nacional no domingo após o Midiamax publicar de manhã matéria sobre a irregularidade.


Burin frizou a dificuldade enfrentada por Campo Grande e pelas cidades de Mato Grosso do Sul no que tange a falta de locais apropriados para abrigar jovens infratores e também vítimas de maus tratos.



Apreensão de menina respeitou a lei, defende DGPC

Para a DGPC (Diretoria Geral de Polícia Civil) a apreensão da menina de 12 anos ocorrida na semana passada em Sidrolândia, a 68 quilômetros de Campo Grande, está amparada na lei.

No relatório encaminhado nesta segunda-feira à Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) a DGPC diz que todos os atos do delegado Edson Pigosso, referente ao caso, foram feitos conforme a lei.

Por não ter encontrado irregularidades na apreensão, a DGPC não abrirá sindicância. No entanto, pode haver o procedimento caso haja determinação da Sejusp.

A menina de 12 anos foi apreendida dia 11 após ter dado um soco no rosto do delegado. A garota havia ido na delegacia para tentar explicar o relacionamento com o namorado de 18 anos, pois sabia que a polícia investigava o desaparecimento dela e também estupro, tendo-a como vítima.

Quando o delegado tentou pegar o celular dela onde poderia haver informações importantes para a investigação, ela o agrediu. Ela foi apreendida em flagrante por lesão corporal e colocada em uma cela sozinha, sem porta no banheiro, monitorada 24h por câmara de segurança.

O defensor público do município Carlos Alberto de Souza Gomes disse que ficou sabendo do caso só três dias depois, durante visita a delegacia e já entrou com pedido de liberdade.

O Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza Tupã-I entrou no caso na noite de domingo e só assim a audiência foi adiantada e a menina solta na manhã de segunda-feira.

Criança torturada pela mãe

A garota era mantida em cárcere privado na casa de empresária que a torturava em Goiânia.
A menina de 12 anos libertada na segunda-feira pela polícia de uma casa onde era mantida em cárcere privado e torturada, em Goiânia, encontrou hoje o pai biológico. Lourenço Rodrigues Ferreira, 33 anos, e a adolescente se abraçaram.

A menina foi encontrada na terça-feira acorrentada, amordaçada e com vários ferimentos pelo corpo, em um apartamento em um setor nobre de Goiânia, em Goiás. A autora do crime seria, segundo a polícia, a proprietária do apartamento, que criava a menina há dois anos com autorização da mãe biológica. Silvia Calabresi de Lima, 42 anos, foi presa em flagrante.


O Conselho Tutelar vai analisar psicologicamente os pais biológicos da menina, para decidir sob a custódia de quem ela ficará. Os dois são separados e vivem no interior do Estado. Eles prestaram depoimento na manhã de hoje, mas só será decidido pelo indiciamento ou não dos dois no final do inquérito.
A mulher acusada de torturar a menina, afirmou hoje, durante a transferência para a Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia, que a culpa foi da empregada.
Fonte: Terra


Sílvias e Vanices
SILVANA MASCAGNA
Foi minha amiga Edna quem me contou a trágica história da menina torturada pela mãe adotiva em Goiânia. Fui atrás de mais informações e acabei vendo no site da Rede Record a reportagem completa, em que policiais filmaram a libertação da garota de 12 anos.
Ela, amordaçada, tinha os pés amarrados e estava acorrentada pelos braços suspensos. Graças a uma denúncia anônima, os policiais chegaram até o apartamento da empresária da construção civil Silvia Calabrese Lima, quem adotou a menina há dois anos e a mantinha sob tortura. Silvia foi presa anteontem.
Na entrevista em que deu logo após ser libertada, a garota conta detalhes das torturas sofridas por ela. Suas mãos e pés eram freqüentemente massacrados entre portas, sua língua era apertada com alicates, seu dente da frente foi quebrado e sua pele queimada a ferro de passar roupa.
As marcas da violência são visíveis no corpo franzino da menina, que foi adotada ilegalmente depois da mãe dizer a Silvia que não tinha condições de criá-la. A tal empresária negou as acusações e, num primeiro momento, culpou a empregada, Vanice Maria Novaes, pelo crime - depois disse que ela a induzia.
A babá, por sua vez, afirmou na reportagem da TV que via o ferro queimado, mas "jamais imaginou" que fosse usado para torturar a garota. Para o delegado, porém, Vanice confessou que sabia dos maus-tratos, mas que nunca denunciou a patroa por medo.
De testemunha, a empregada passou a ser acusada de co-autora, depois de a garota afirmar que ela também a maltratava. Segundo a polícia, uma agenda encontrada na casa mostrava as tarefas domésticas a serem cumpridas pela menina para que não fosse torturada.
"Só a psiquiatria pode explicar o que é tamanha crueldade", disse a delegada encarregada de cuidar do caso. Será? Fico imaginando que Silvia pode, sim, ser sádica e que tenha adotado a garota para este fim.
Mas e Vanice? E o marido da empresária e os filhos de 20 e 21 anos? Eles participaram ou não da violência? Se não, não viam os machucados no corpo dela? Esse caso, me desculpe a delegada, não tem nada de psiquiátrico.
Está claro o abuso de força e autoridade de um grupo sobre alguém que não tinha como se defender. E isso é mais fácil de acontecer do que gostaríamos. Quando dizemos que uma pessoa é louca porque cometeu um ato terrível, estamos dizendo que um ser humano são é incapaz de cometer atrocidades.
Bobagem. Nosso único consolo como seres viventes neste planeta é saber que assim como existem Silvias e Vanices, há outros que bem poderiam ficar calados, mas resolvem abrir a boca para denunciar casos terríveis como o dessa garota.
Na reportagem da TV, a menina sorri quando diz que "agora quero ser feliz", viver ao lado dos pais e nunca mais se separar deles. Quer também uma bicicleta. Isso é tudo.

SILVANA MASCAGNA escreve no Magazine às quartas-feiras.
mascagna@otempo.com.br


Acusada de torturar menina tem histórico de maus-tratos

Karin Blikstadda Folhapress
Presa segunda-feira, 17, em Goiânia (GO) acusada de torturar uma menina de 12 anos, Sílvia Calabresi Lima, 41, possui um histórico de maus-tratos, segundo a Polícia Civil. Há seis anos, ela foi acusada de maus-tratos e castigos duros a uma criança de cinco anos que viveu com ela por aproximadamente três meses. Sílvia chegou a responder a processo.
Segundo o promotor que cuidou do caso na época, Saulo de Castro Bezerra, havia indícios de que a mulher batia na criança e que os castigos se tornavam cada vez mais severos. O laudo do IML, no entanto, não confirmou os indícios, e o processo foi arquivado em 2003. Uma denúncia anônima levou Sílvia à prisão sob a mesma acusação. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Goiânia encontrou uma menina de 12 anos acorrentada e amordaçada em uma região nobre da capital.
Para a delegada que cuida do caso da menina de 12 anos, Adriana Accorsi, a razão para tais atos é puro sadismo. "Ela é má. Achamos que ela gostava de torturar", disse. Sílvia, contudo, não foi avaliada por psicólogos para um diagnóstico. Ontem, Sílvia negou as acusações e culpou sua empregada, Vanice Maria Novais, 23, que foi presa acusada de ser co-autora das agressões. À polícia, ela confirmou as histórias de tortura.
Ontem, o advogado tentou prorrogar o depoimento do marido de Sílvia -que pode ser indiciado por omissão- para hoje. Segundo o advogado, ele está em estado de choque e não poderia falar. Uma jovem de 20 anos, que não quis ser identificada, também disse que sofreu maus-tratos de Sílvia há quatro anos. Segundo a jovem, Sílvia dava empurrões e arremessava copos nela, mas não chegou a torturá-la. A jovem foi trabalhar como sua empregada aos 15 anos e ficou lá por um ano, sem nunca ter recebido salário. Segundo a jovem, ela era mantida presa dentro do condomínio.
A garota de 12 anos deve ficar no abrigo onde está até o juiz decidir quem ficará com a guarda. O Conselho Tutelar ouviu sua família e disse que, até o momento, não há elementos que impeçam que a mãe ou ou pai fiquem com a guarda.


Outra jovem acusa empresária de maus-tratos e tortura em GO

Jovem de 20 anos confirmou à polícia que a mesma mulher que agredia menina de 12 a torturou 6 anos atrás
Rubens Santos, GOIÂNIA
Lorena Coelho Reis, de 20 anos, denunciou ontem à Polícia Civil de Goiás que foi torturada pela empresária Sílvia Calabrese Lima, de 42 anos, presa anteontem, em Goiânia, sob acusação de maus-tratos contra a menina L., de 12 anos.

Ontem à tarde, no 5º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia, cidade vizinha a Goiânia, Lorena relatou à delegada Carolina Paim que morou na casa da empresária quando tinha 14 anos. Durante um ano, disse, viveu dias de violência que só terminaram na festa de seus 15 anos, em 2003. "Aproveitei que todos festejavam e fugi", afirmou Lorena, em depoimento.

De acordo com a polícia, Silvia já tem ficha criminal por três casos de maus-tratos, mas não foram fornecidos detalhes.

Segundo o diretor do Instituto Médico-Legal (IML), o patologista Ademar Cândido de Souza, o exame de corpo de delito de L. constatou lesões em várias partes do corpo. Todas provocadas por material perfuro-contundente e térmicos, o que seria a causa, além dos ferimentos, de queimaduras na língua, embaixo das unhas das mãos e nas nádegas.

Quando foi libertada pela polícia, a menina L. estava acorrentada pelos pés e pelas mãos num canto da área de serviço, ao lado da escada de acesso à caixa-dágua do edifício. A empresária mora com a família em uma cobertura de mais de 200 metros quadrados. O imóvel fica no bairro Setor Marista, um dos locais que têm o metro quadrado mais caro da cidade.

A empresária e sua empregada doméstica, Vanice Maria Novais, de 23, também acusada de torturar L., foram transferidas ontem para o Centro de Prisão Provisória (CPP). Quando foram presas, as duas discutiram: "Ela mandou bater, passar pimenta na boca da menina, prender o dedo dela na porta", disse Vanice. "É tudo mentira, você fez tudo isso e agora quer me incriminar", afirmou Sílvia.

O caso chocou a cidade e até o advogado de Sílvia ameaça abandonar o caso. "Trata-se de uma causa difícil de ser patrocinada. Se os fatos forem verdadeiros, dificilmente continuarei no caso", afirmou o advogado Darlan Alves Ferreira. Ele explicou que Sílvia "avocou o direito de falar só em juízo".

Sílvia, que, segundo a polícia, havia sido menina de rua, vivia no apartamento com o marido, o engenheiro civil Marco Antônio Calabrese Lima, sua mãe adotiva - que não foi localizada - e três filhos do casal: dois deles estudantes de Engenharia Civil e um menino de 6 anos.

O marido de Sílvia deve prestar depoimento hoje. A polícia quer saber até que ponto ele sabia das sessões de tortura que aconteciam dentro de sua casa. O engenheiro já declarou que desconhecia o crime. "Ele está transtornado, disse que não sabia dos fatos", afirmou o advogado Darlan. "É aquela história do marido traído, que saiu para o futebol. Ele saía para o trabalho às 6h30 e voltava à noite", afirmou. A delegada Adriana Accorsi disse que, se ele não aparecer, vai pedir sua prisão preventiva na condição de omisso e conivente à situação criada pela mulher.

Joana Darc da Silva, mãe biológica de L., disse que esteve "muitas vezes no apartamento". "Mas nunca vi nada diferente (anormal) na menina", declarou ontem, após depoimento.

Joana Darc também revelou que a adoção foi feita "de boca", sem "papel passado" e que desejava o crescimento físico e intelectual da menina. Depois da adoção, ela disse não ter tido nenhum contato com a nova família da garota. Segundo ela, foi assim com os demais cinco filhos. "Só um vive comigo." A polícia ainda não decidiu se ela será indiciada por ter entregue a menina sem passar pelo processo de adoção.



Laudo de tortura sai na segunda-feira
O IML deve divulgar na próxima segunda-feira, 24, o laudo do exame de corpo delito da menina de 12 anos que vinha sendo torturada há meses pela mãe adotiva, a empresária Sílvia Calabrese Lima e pela empregada doméstica desta, Vanice Maria Novaes. O exame foi realizado pelos médicos-legistas Décio Marinho e Jorge Ricardo Rezende Chadud, do Instituto Médico Legal.
Os legistas, segundo o diretor do IML, Ademar Cândido de Souza, constataram a existência de lesões em várias partes do corpo da adolescente provocadas por ação contundente e térmica, ou seja, a vítima sofreu, entre outros ferimentos, queimaduras na língua, compressão das unhas e cicatrizes na região glútea.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Bolívia defende coca em reunião da ONU

da BBC Brasil

Autoridades bolivianas chegam a Viena nesta segunda-feira para participar de uma conferência antidrogas da Organização das Nações Unidas e pretendem pedir que a ONU retire a folha de coca de uma lista de drogas perigosas.

O Painel Internacional de Controle de Narcóticos --que monitora a implementação das convenções de controle de drogas da ONU-- pediu à Bolívia e ao Peru que adotem medidas domésticas para proibir o ato de mascar folhas de coca e o uso da planta em produtos como o chá.

Os bolivianos acreditam que este é um ataque contra a própria cultura deles, segundo o correspondente da BBC em La Paz, Andres Schipani, mas especialistas alegam que grande parte das plantações de coca do país acaba sendo transformada em cocaína, tornando a Bolívia o terceiro maior produtor da droga no mundo.

Ataque

Segundo um relatório recente do Painel Internacional de Controle de Narcóticos, o ato de mascar folhas de coca favorece o aumento do vício em drogas, mas uma fonte da delegação da ONU na Bolívia disse à BBC que "o relatório foi mal interpretado e que os usos tradicionais não eram o ponto chave" do documento.

O painel está agora pedindo a proibição dos usos tradicionais, bem como da potencial industrialização e exportação da coca para estes fins, provocando revolta na comunidade andina.

O vice-ministro da Coca e Desenvolvimento Integral, Jerónimo Meneses, acredita que a coca está incutida na cultura boliviana.

"A comunidade internacional não entende realmente o que acontece no nosso país e acredita que a coca em seu estado natural também é cocaína, o que é completamente falso".

"Tudo isso é muito sério para a gente e não vamos aceitar isso (a proibição) porque a coca também é nossa cultura, nossa tradição", afirma Meneses.

A folha de coca, matéria prima para a fabricação de cocaína, é consumida em seu estado natural na Bolívia desde os tempos pré-coloniais.

Em uma carta enviada para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, o presidente boliviano Evo Morales --ex-líder cocaleiro-- rejeitou a proibição.

Grande produtora

Já há alguns anos, a comunidade internacional pede a redução do plantio de coca e acredita-se que boa parte da produção se destine ao tráfico internacional.

Quando Morales chegou ao poder há dois anos, uma de suas promessas era proteger os plantadores de coca com a política "cocaína zero, mas não coca zero".

Um aspecto chave do plano de Morales era reduzir as plantações de coca, fazendo com que a produção fosse suficiente apenas para abastecer o chamado uso "tradicional"-- como mascar a folha e beber o chá.

Desta forma, ele manteria a viva a velha tradição inca e também o meio de vida de cerca de 300 mil famílias de cocaleros bolivianos.

Os plantadores de coca na Bolívia planejaram uma "mastigação maciça" das folhas de coca nesta segunda-feira, em La Paz, para coincidir com o encontro da ONU.

Os camponeses, mineiros e operários de obra são os maiores consumidores da folha de coca na Bolívia. Eles afirmam que a mastigação ameniza a fome, o cansaço e o sono.

Foto: Cocaine.org

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Chinaglia: Espanha se comporta como na época da conquista

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), pediu respeito aos brasileiros que viajam à Espanha e disse que o país ibérico não pode se comportar como na época da conquista, 'quando destruía culturas'. Chinaglia admite que podem existir circunstâncias de ilegalidade que justifiquem uma deportação, mas disse que o comportamento das autoridades espanholas tem se mostrado abusivo.

'Manter pessoas presas por várias horas, que não conseguiram falar com autoridades, familiares, isso é de um abuso inaceitável', disse Chinaglia a jornalistas.

'E mesmo quando houver ilegalidade, que se dê um tratamento legal, segundo as normas internacionais, e não atitudes que lembram a Espanha que invadia nas épocas do descobrimento e destruía culturas. Acho que eles têm que entender que essa fase passou', acrescentou o presidente da Câmara.

Segundo Chinaglia, o embaixador da Espanha no Brasil deverá ser convidado para prestar esclarecimentos à Câmara e ao Senado na Comissão de Relações Exteriores.

'Nós deputados e brasileiros temos o dever de defender o respeito aos brasileiros, (porque isso envolve) aspectos inclusive de soberania nacional', afirmou.

Chinaglia lembrou que Brasil e Espanha têm, no discurso, tentado transformar em prática parcerias estratégicas, mas que se não houver respeito pelas pessoas, 'não passa de um discurso'.

O presidente da Câmara defende que essas preocupações sejam colocadas com clareza ao embaixador para que ele leve o recado ao governo espanhol.

'Eu interpreto que essa onda de expulsão de brasileiros atendeu o mercado interno espanhol de momento eleitoral, onde a disputa foi bastante difícil e a diferença pequena. Então, jogaram para os brasileiros, e possivelmente outros povos, a responsabilidade de problemas internos deles', disse Chinaglia.

Indagado se o fim das eleições espanholas colocaria um ponto final na questão, Chinaglia disse que é preciso esperar para ver.

'Não posso avaliar, até porque o próprio (primeiro-ministro José Luis Rodrigues) Zapatero vinha governando nesse último período. Do ponto de vista político-ideológico, até prova em contrário, o partido socialista e setores mais progresistas da sociedade tendem a ter uma visão mais humanista. Quando falo tendem a ter é porque agora depende de se confirmar.'

Polícia Federal divulga nomes de estrangeiros repatriados

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, 10, a Polícia Federal (PF) divulgou os nomes dos seis estrangeiros que foram repatriados neste sábado, 8, do Aeroporto Internacional Luiz Eduardo Magalhães. O grupo chegou na capital baiana às 21h30 pela companhia Air Europa, com vôo procedente de Madri, e embarcaram de volta ao país de origem às 23h30.

Eloy Francisco Diaz Fernandez, José Ramon Alcobar Fierro, Antônio Baneztur, David Muñoz Garcia, Paulo Pardon Ramon (espanhóis) e Luca Savino (italiano) foram mandados embora devido a irregularidades com documentos, falta de passagem aérea de volta e dinheiro insuficiente para ficar no Brasil.

Durante a entrevista, o chefe de polícia aeroportuária da PF, Francisco Gonçalves, disse que a medida adotada pelo órgão de repatriar os estrangeiros se insere dentro da política de reciprocidade adotada pelo Governo Federal devido à forma como os brasileiros vêm sendo tratados na Espanha.

*Com informações de Augusto Queiroz, do A TARDE

Brasil pode tratar com mais rigor estrangeiros, diz Tarso

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta segunda-feira, 10, no Supremo Tribunal Federal (STF) que o Brasil pode tratar com mais rigor os estrangeiros que viajam ao Brasil depois do incidente envolvendo brasileiros na Espanha. Na sexta-feira e no domingo, a Polícia Federal da Bahia deportou turistas espanhóis e um italiano.

Segundo a PF, as razões principais para o repatriamento foram a falta de recursos para permanecerem no País como turistas e também falta de alojamentos.

"Se for necessário que essa legislação (sobre a entrada de estrangeiros) seja analisada com lupa, direitinho para que se sinta do lado de lá que aqui também tem lei, isso será feito", disse ao deixar a sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que tratava da Lei Maria da Penha.

Esse rigor serviria, adiantou o ministro, para que as negociações diplomáticas com outros países, como a Espanha, seguissem de "maneira tranqüila". Tarso Genro negou, porém, que essa postura seja uma retaliação à Espanha. "Não há nenhuma crise de relacionamento do Brasil com o governo espanhol. Nós queremos que os brasileiros na Espanha tenham o mesmo tratamento digno, sóbrio e respeitoso que tem qualquer estrangeiro no País", acrescentou.


Fonte: Estadão

Embaixador da Espanha será convocado pela Câmara dos Deputados

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados vai convocar nesta semana o ministro de Relações Exteriores Celso Amorim e o embaixador da Espanha no Brasil Ricardo Peidró para explicar a deportação de brasileiros em viagem à Europa. A comissão também quer ouvir o testemunho de brasileiros que foram barrados no aeroporto de Madrid e em seguida deportados.
A convocação do embaixador, vedada pelo regimento interno da Casa, será mediada pelo presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP), que defendeu na semana passada que o diplomata explique os incidentes com os brasileiros na Espanha. Porém, para não prejudicar as relações diplomáticas entre os dois países, Chinaglia pretende consultar Amorim antes de decidir se chama Peidró.

Com informações do site G1


Apito trapalhão ofusca artilheiros da rodada no Campeonato Paulista

Dentinho fez dois gols na vitória do Corinthians sobre o líder Guaratinguetá, que trouxe seu clube de volta ao G4. Valdivia brilhou mais uma vez e Denílson fez seus dois primeiros gols pela equipe na virada do Palmeiras diante do Bragantino, que colocou o time do Parque Antarctica bem perto do grupo das semifinais.

Mas eles, os destaques da rodada, novamente terão que dividir holofotes e manchetes com os árbitros e seus erros.

Erros primários, e um até absurdo, mais uma vez foram comuns numa jornada do Campeonato Paulista-2008.
No Morumbi, José Henrique de Carvalho mostrou o cartão amarelo duas vezes para o volante Magal, do Guaratinguetá, que também teve um gol legal anulado por impedimento.

"Assim é demais", disse ao árbitro o irritado técnico corintiano, Mano Menezes.

Carvalho disse no intervalo que não poderia falar, mas foi defendido, sem muito entusiasmo desta vez, por seu chefe, o coronel Marinho. "O que aparece na TV depois não interessa. O que vale é o que o árbitro vê e marca", disse o chefe da arbitragem paulista.

"Mas é um erro que não pode ocorrer. Se for o caso, vamos puni-lo", disse Marinho na beira do gramado no Morumbi.

Em Bragança Paulista, foi um juiz do quadro da Fifa, e com fama de ser o melhor do Estado, que fez lambanças.
Primeiro, Paulo César de Oliveira não viu Malaquias, do Bragantino, entrar com o pé na barriga de Marcos, o que seria falta. Irritado, o pentacampeão chutou o rival com a bola rolando. Foi expulso e viu o árbitro marcar pênalti.

"Ele poderia ter quebrado meu braço", disse Marcos. Ainda no primeiro tempo, o juiz expulsou dois jogadores do Bragantino.

No segundo tempo, Oliveira ainda marcou um pênalti inexistente para o Palmeiras. Sorte dele que Léo Lima chutou de forma bisonha para fora.

Na Vila Belmiro, mais polêmica. O juiz Guilherme Cereta marcou um pênalti a favor do Santos só depois de ouvir o seu auxiliar, mas isso aconteceu longos segundos depois de o lance ocorrer, revoltando os jogadores do Noroeste --eles disseram que o juiz mudou de opinião. O time de Bauru acabou derrotado por 3 a 2.

Federação suspende árbitro que assumiu erro em jogo do Corinthians

Depois de pedir desculpas à torcida do Corinthians por dar dois cartões amarelos para o jogador Magal, do Guaratinguetá, o árbitro José Henrique de Carvalho foi suspenso pela Federação Paulista de Futebol.

Nesta segunda-feira, o presidente da Comissão de Arbitragem da federação, Coronel Marinho, disse que o árbitro já vinha cometendo alguns erros anteriormente.

"Ele está suspenso por 15 dias. Tudo aqui é analisado de uma forma mais técnica, e o José Henrique já estávamos cansados de falar, agora temos que tomar providências", disse Marinho em entrevista ao canal Sportv.

Apesar de admitir que descobriu que havia errado ainda durante a partida, ao conversar com os outros integrantes da arbitragem, o árbitro alegou que não podia voltar atrás e expulsar o jogador. "Agora, bola para frente", comentou no domingo.

Além do erro nos cartões, Carvalho anulou um gol legítimo da equipe visitante quando o Corinthians vencia por 1 a 0.

Marinho também afirmou que Edvanio Ferreira Duarte, auxiliar da partida em que o Santos venceu o Noroeste por 3 a 2, no domingo, também será punido.

O juiz Guilherme Cereta marcou um pênalti a favor do Santos só depois de ouvir o seu auxiliar, mas isso aconteceu longos segundos depois de o lance ocorrer, revoltando os jogadores do Noroeste --eles disseram que o juiz mudou de opinião.

Vaticano divulga lista de novos pecados capitais

A manipulação genética, o uso de drogas, a desigualdade social e a poluição ambiental estão entre os novos pecados capitais pelos quais os cristãos devem pedir perdão, segundo a nova lista apresentada pela Santa Sé.

O Vaticano atualizou a lista de pecados capitais para adaptá-la à "realidade da globalização".

Os novos pecados capitais – merecedores de condenação segundo a Igreja Católica – serão agregados aos anteriores: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, vaidade e preguiça.

Publicada no domingo no jornal do Vaticano, Osservatore Romano, a lista foi divulgada depois que o Papa Bento 16 denunciou a "queda do sentimento de pecado no mundo secularizado", em meio à redução no número de católicos que praticam a confissão.

Sociedade

Em entrevista ao Osservatore Romano, monsenhor Gianfranco Girotti, responsável pelo tribunal da Cúria Romana que trata das questões internas do Vaticano, afirmou que, ao contrário dos anteriores, os novos pecados vão além dos direitos individuais e têm uma dimensão social.

"Há várias áreas relacionadas aos direitos individuais e sociais dentro das quais incorrer em atitudes pecaminosas. Antes de mais nada, a área bioética, dentro da qual não podemos deixar de denunciar algumas violações de direitos fundamentais da natureza humana, através de experiências e manipulações genéticas, cujos êxitos são difíceis de prever e manter sob controle".

Na avaliação do prelado, a injustiça social e os crimes ambientais também estão na lista das novas ofensas pelas quais os fiéis devem pedir perdão e fazer penitência.

"A desigualdade social, onde os ricos se tornam cada vez mais ricos e os pobres, cada vez mais pobres, alimentam uma insuportável injustiça social. Depois tem a área da ecologia, que hoje desperta grande interesse", apontou o responsável pelo tribunal vaticano.

Na entrevista, Girotti citou ainda o uso de drogas como um dos novos pecados que merecem condenação.

"A droga enfraquece a psique e obscura a inteligência, deixando muitos jovens fora do circuito da Igreja", explica.
Os novos pecados capitais
1. Fazer modificação genética
2. Poluir o meio ambiente
3. Causar injustiça social
4. Causar pobreza
5. Tornar-se extremamente rico
6. Usar drogas
Vaticano

Sociedade

Na interpretação de monsenhor Girotti, o pecado deixou de ser apenas uma questão pessoal e passou a ter maior influencia na sociedade.

"Antes, o pecado tinha uma dimensão individual, hoje tem uma impacto social, principalmente por causa da globalização. A atenção ao pecado agora é mais urgente devido aos reflexos maiores e mais destruidores que pode ter", disse Girotti.

Na entrevista ao jornal do papa, o monsenhor recordou que entre os grandes pecados estão o aborto e a pedofilia e comentou o escândalo dos abusos sexuais cometidos por padres.

Ele admitiu que se trata de um problema grave, mas denunciou uma espécie de campanha contra a Igreja Católica por parte dos meios de comunicação.

"Estes fenômenos graves que foram denunciados demonstram a fragilidade humana e institucional da Igreja. Ela, porém, reagiu e continua reagindo para tutelar sua imagem e o bem do povo de Deus. Mas os meios de comunicação enfatizam o problema, prejudicando a imagem da Igreja", declarou o clérigo ao jornal.
Confissão

Monsenhor Gianfranco Girotti falou dos novos pecados aos padres reunidos no Vaticano até o final de semana passado, durante curso de atualização sobre o sacramento da confissão.

Durante o curso, o responsável pelo tribunal informou que cada vez menos católicos confessam os próprios pecados aos padres. Girotti denunciou que cerca de 60% dos fiéis na Itália não se confessam, citando estatísticas da Universidade Católica italiana.

Na entrevista ao Osservatore Romano, Girotti recordou as recomendações para se receber o perdão.

"Confissão em 15 ou máximo 20 dias antes ou depois de cometer o pecado, comunhão, oração segundo as intenções do papa, pureza e caridade", disse o clérigo.


Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 7 de março de 2008

Paulinho da força processará jornais: "A Igreja Universal vai ser fichinha".

Paulinho da Força Sindical afirma que vai processar jornais
A Igreja Universal parece ter conquistado um novo fiel, pelo menos no quesito processos contra o jornal Folha de S.Paulo. A Folha Online informa que o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, disse que irá processar os jornais Folha de S.Paulo e O Globo em 20 Estados do país por causa da série de reportagens que os dois veículos publicaram sobre o repasse de verbas do Ministério do Trabalho para entidades ligadas à central, repetindo estratégia utilizada pela Igreja Universal do Reino de Deus.

"A Igreja Universal vai ser fichinha"

Segundo a Folha, Paulinho ainda teria dito que se o número de ações não for suficiente para que os jornais interrompam as reportagens sobre o repasse de dinheiro do Ministério do Trabalho, comandado por Carlos Lupi (PDT), para as entidades ligadas à Força, os sindicalistas irão ingressar de 1.000 a 2.000 ações em todo o país: "A Igreja Universal vai ser fichinha".

A decisão foi anunciada em reunião da Executiva Nacional do PDT com o ministro Carlos Lupi e confirmada à Folha pelo próprio deputado: "Estamos fazendo apenas 20 ações contra a Folha e O Globo. Liguei para vários jornalistas para explicar que a Força não tem convênio com o Ministério do Trabalho e outros ministérios do governo. E, todos os dias, os jornais citam o meu nome e o da Força. Como eles não ouviram, decidi consultar amigos sindicalistas que estão se sentindo ofendidos e vão entrar com ações em várias partes do Brasil", afirmou.

Vou fazer de 1.000 a 2.000 ações contra eles

Apesar de não ser industrial, o deputado sindicalista também teria prometido até montar o que pode vir a ser a maior fábrica de ações judiciais em série do País. Paulinho, ainda segundo a Folha Online, teria afirmado que sua intenção não é ganhar as ações na Justiça, mas "dar trabalho" para os dois veículos. "Pode perder, não tem problema. Vou dar um trabalho desgraçado para eles. Meu negócio é dar trabalho para eles. Não é nem ganhar. É só para eles aprenderem a respeitar as pessoas. Eu estou fazendo apenas 20. Se não parar, vou fazer de 1.000 a 2.000 ações contra eles no Brasil inteiro", ameaçou.

Fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus moveram mais de 60 ações contra a Folha e a jornalista Elvira Lobato, alegando que se sentiram ofendidos por um trecho da reportagem "Universal chega aos 30 anos com império empresarial", publicada em dezembro.

Segundo informa a Folha, há questionamentos sobre 12 convênios do ministério com entidades e pessoas ligadas ao PDT. A Folha divulgou que a pasta pretendia repassar R$ 7 milhões à CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), ligada à Força Sindical, para recolocar mão-de-obra em São Paulo.

O valor seria 97% maior que o gasto pelo governo paulista, e comissões do Estado e da prefeitura votaram contra o convênio. A decisão final cabe ao Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador). Ministério e entidades negam favorecimento.

Paulinho preside a Força desde 1999. Antes, presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos de SP (desde 1994). Em 2002, foi candidato a vice-presidente pelo PTB na chapa de Ciro Gomes e, em 2004, a prefeito de São Paulo pelo PDT.

O deputado não retornou nossas mensagens encaminhadas para seus e-mails, solicitando mais esclarecimentos sobre sua decisão.

Fonte: Folha Online


Paulo Pereira da Silva, achando que o noticiário vincula indevidamente a Força Sindical ao Ministério do Trabalho, anunciou que, à maneira dos seguidores do “bispo” Edir Macedo, responderá às denúncias processando os jornais que as divulgaram em 20 Estados.

Se isso não funcionar, avisou, serão mil, 2 mil as ações, no Brasil inteiro, impetradas por sindicalistas. “A Igreja Universal vai ser fichinha”, compara. E confessa: “Pode perder, não tem problema. Meu negócio é dar trabalho para eles.”


FRASE DO DIA
Se os jornais vão insistir nas matérias, vou dizer com todas as letras: se querem fazer putaria, então vamos fazer putaria. Estão fazendo putaria, vamos responder com putaria.
Deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) ameaçando processar os jornais que afirmarem que a Força Sindical, presidida por ele, seria beneficiada por dinheiro do ministério do Trabalho
Entidades criticam ameaça de onda de processos feita por presidente da Força Sindical
Maria Lima e Bernardo de Mello Franco - O Globo

BRASÍLIA - A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) condenaram nesta quinta-feira a intenção do presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), de iniciar uma onda de processos contra os jornais "O Globo" e "Folha de S.Paulo" em todo o país, como fez a Igreja Universal do Reino de Deus contra a "Folha" e o jornal "Extra" no mês passado. Os dois casos serão denunciados pela Fenaj na Organização dos Estados Americanos (OEA), na próxima segunda-feira, como exemplos de "assédio judicial" e tentativa de intimidar e cercear a liberdade de Imprensa no Brasil.

Incomodado com a publicação de reportagens mostrando que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, estaria beneficiando com convênios milionários ONGs ligadas ao PDT e à Força Sindical, Paulinho confirmou nesta quinta a estratégia para que parem as denúncias. A denúncia contra a atitude do parlamentar será feita pelo vice-presidente da Fenaj, Celso Schroëder, numa audiência especial sobre liberdade de imprensa no Brasil, realizada na OEA, em Washington.

- Nos preocupa essa onda de assedio judicial. O mesmo efeito que faz uma ação, fazem duas mil ações. Mas as duas mil é para intimidar e ameaçar os profissionais da imprensa. Nos preocupa essa onda, depois da Igreja Universal, a Força Sindical, é uma péssima rima. O contra-senso é que o Paulinho preside uma entidade que pretende representar trabalhadores e quer condenar trabalhadores da imprensa? Com isso ele está estimulando o assédio judicial - condenou o presidente da Fenaj, Sérgio Murilo.

O presidente nacional da OAB, Cezar Britto, concorda que a abertura de ações simultâneas sobre o mesmo caso em diversos estados pode caracterizar litigância de má-fé.

- Recorrer ao Judiciário com o interesse de dificultar a defesa ou apenas incomodar a outra parte não é um princípio defensável - afirmou.

Itamaraty promete troco a espanhóis

Itamaraty cogita tratar espanhóis com base no princípio da reciprocidade

O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota em que expressa a "inconformidade" do governo com as medidas tomdas pelas autoridades imigratórias do Aeroporto de Madri, na Espanha, para impedir a entrada de passageiros vindos do Brasil. Cerca de 30 brasileiros foram impedidos de entrar no paísno dia 5. alguns brasileiros se dirigiam a Portugal, onde iriam participar de eventos científicos.

O Jornal da Globo informou que a Polícia Federal mandou de volta oito espanhóis que tentavam na noite do dia 6, no Aeroporto Internacional de Salvador. Segundo os policiais, alguns dos espanhóis não estavam com a documentação em ordem, outros não declararam o dinheiro que traziam.

O Itamaraty analisa agora "a adoção de medidas apropriadas em resposta ao ocorrido, tendo em conta, inclusive, o princípio da reciprocidade".

"Há poucas semanas, o ministro Celso Amorim havia manifestado ao chanceler espanhol a insatisfação do governo brasileiro com a repetição de tais medidas restritivas e ressaltado a importância de que se conceda tratamento digno e adequado a cidadãos brasileiros que ingressam na Espanha", afirma a nota divulgada pelo ministério.

Hoje, o secretário-geral das Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, reuniu-se com o embaixador da Espanha em Brasília, Ricardo Peidró, e disse que as medidas recentemente adotadas pelas autoridades imigratórias espanholas são "incompatíveis com o bom nível do relacionamento entre os dois países".

Estudantes brasileiros na "prisão" espanhola

Estudantes brasileiros retidos que ficaram retidos desde o dia 5 no Aeroporto Internacional de Barajas, em Madri (Espanha), retornarõa no dia 7 ao Brasil. Após mais de 30 horas sem tomar banho, Patrícia Rangel, de 23 anos, contou à Agência Brasil, por telefone, como ela e Pedro Luiz do Rêgo Lima, de 25, foram mal tratados pelas autoridades espanholas.

“Os policiais são muito grossos, não têm um mínimo de respeito e não tratam ninguém como ser humano. Isso aqui não existe, é um lugar fora do universo”, disse Patrícia.

Ela aguarda o vôo numa sala cheia de beliches, a mesma em que passou a noite anterior, juntamente com homens e mulheres. Disse que até conseguiu dormir, mas sem nenhum conforto. E só depois de 1h30 da madrugada, quando a luz foi apagada.

Havia chuveiro, mas nenhum utensílio para se tomar banho, como xampu ou sabonete, segundo ela. “Tem até chuveiro, mas não tem toalha. Imagina sair molhada num frio de 10 graus”, afirmou.

Os dois estudantes são mestrandos do Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro (Iuperj) e viajavam para participar de um Congresso da Associação Portuguesa de Ciências Políticas, em Lisboa. O cônsul-geral do Brasil na Espanha, embaixador Gelson Fonseca, enviou carta oficial à polícia do país reiterando o objetivo da viagem, mas a entrada não foi permitida.

Segundo Patrícia, os oficiais alegaram que a documentação era insuficiente. “A gente se cercou de tudo que seria necessário, fizemos seguro-saúde, trouxemos a quantia em dinheiro necessária, além de cartão de crédito, reservas no albergue e papéis que confirmavam a participação no congresso”, enumerou a estudante.

Patrícia contou que ela e Pedro passaram por três locais até chegar à sala atual. “Uma das salas que ficamos era muito quente e apertada, não tinha nem água. O único lugar em que dá para dizer que a gente teve algum tratamento minimamente humano é o que estamos agora, o ponto final. Aqui tem máquina de refrigerante e eles oferecem refeições” relata.

Os estudantes lamentam ainda não poder participar do congresso para o qual se prepararam durante dois meses. “Fomos privados de fazer uma coisa pela qual tínhamos muita expectativa. A gente queria aproveitar o ambiente acadêmico, aprender e ensinar o que a gente sabe. Não sei o que é maior, essa frustração ou o sentimento de revolta, porque isso aqui é uma prisão”, desabafou.

Patrícia e Pedro aguardam um vôo que sairia da capital espanhola às 8h (horário de Brasília), com chegada prevista para o fim da tarde.

Na sala em que os dois estudantes ficaram retidos, havia ao todo cerca de 30 brasileiros, segundo confirmou à reportagem o cônsul-geral do Brasil, Gelson Fonseca.