quinta-feira, 8 de maio de 2008

Austríaco que prendeu a filha diz que era "viciado" em incesto

Austríaco que prendeu a filha diz que era "viciado" em incesto

VINA, Áustria - O aposentado Josef Fritzl disse nesta quinta-feira à revista "News", que ficou viciado na prática de incesto com sua filha Elisabeth, que manteve presa em um porão por 24 anos e teve sete filhos com ela. Ele disse também que aprisionou a filha, então com 18 anos, para salvá-la do mundo exterior.

Segundo ele, o desejo de manter relações sexuais com a filha foi ficando cada vez mais forte com o passar do tempo e, mesmo sabendo que estava machucando Elisabeth e que ela não gostava daquela situação, aquilo teria virado um vício.

Elisabeth, de 42 anos, viveu 24 anos presa dentro do porão sem janelas. No local, ela teve sete filhos. Três crianças ficaram com ela e nunca viram a luz do dia. As outras três, foram criadas pelos avós e um morreu três dias após nascer.

Fritzl, que também teve sete filhos com sua mulher, disse que prendeu Elisabeth depois que ela começou a desobedecer regras. A menina consumia bebidas alcoólicas, fumava e teria fugido de casa algumas vezes.

Josef acredita que tentou salvar a vida de sua filha impondo a ela um treinamento a fim de que se tornasse garçonete. Segundo ele, algumas precauções precisavam ser tomadas para manter a adolescente "rebelde" longe do mundo exterior, mesmo que para isso precisasse usar formas violentas.

Ainda de acordo com a publicação, Fritzl disse ter se visto preso em um ciclo inescapável quando trancou Elisabeth no porão. Ele diz que sabia que o que estava fazendo não era certo, mas que a vida paralela no porão foi se tornando cada vez mais natural.

O advogado de Fritzl afirmou que seu cliente precisa ser submetido a exames psicológicos a fim de avaliar se está em condições de ser julgado. O aposentado, de 73 anos, se descreve como um homem que valoriza a decência e as boas maneiras e que acredita, que o fato de ter sido criado nos modos disciplinares da época nazista, pode ter tido alguma influência sobre seu comportamento.

Ele finalizou a entrevista dizendo que quando ia ao porão levava flores e livros para Elisabeth e brinquedos para as crianças.

(FP)

Com Reuters

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