segunda-feira, 14 de abril de 2008

Guia de viagem nega falsificação por autor

O guia de viagens Lonely Planet declarou que suas publicações são confiáveis após relatos de que um ex-autor teria inventado trechos incluídos nos guias.
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O escritor, Thomas Kohnstamm, disse que aceitou cortesia de empresas - como pernoites em hotéis e refeições gratuitas -, desrespeitando normas da companhia.

Ele disse também que nunca sequer visitou um dos países sobre o qual escreveu - a Colômbia.

A Lonely Planet anunciou que fez uma revisão dos livros para os quais Kohnstamm contribuiu - entre eles, um guia sobre o Brasil - mas até o momento não encontrou erros.

O guia também negou que os métodos do autor sejam comuns entre autores de guias de viagem.

"Não é comum, porque não temos evidência de que as coisas que ele diz ter feito quando trabalhou no guia Brazil 5 (...) se aplicariam a outros livros", disse Stephen Palmer, diretor do Lonely Planet, à BBC.

Kohnstamm está divulgando seu novo livro, Do Travel Writers Go To Hell? Nele, ele conta como viajou pela América do Sul, vendendo drogas para complementar sua renda e praticando sexo casual, algumas vezes nos estabelecimentos sobre os quais escreveu.


Kohnstamm disse, por exemplo, que após ter relações sexuais com uma garçonete no Brasil, escreveu uma crítica sobre o restaurante em que ela trabalhava, qualificando o atendimento como "amistoso".

Ele também disse que nunca visitou a Colômbia, apesar de ter sido contratado para escrever sobre o país.

"Eles não me pagaram o suficiente para ir para a Colômbia. Eu escrevi o livro em San Francisco. Obtive as informações de uma garota com quem estava saindo - uma estagiária no consulado da Colômbia", disse o escritor em entrevista ao jornal australiano Daily Telegraph.

Os editores do Lonely Planet disseram à agência de notícias Associated Press que as declarações de Kohnstamm são falsas, porque ele foi contratado para escrever sobre a história da Colômbia - e não para avaliar o setor de serviços do país.

Outros autores de guias de viagem, embora sem aprovar os métodos de Kohnstamm, disseram que o escritor falou de problemas reais da indústria - que os autores são mal pagos, têm de cobrir seus próprios custos e têm de checar uma vasta quantidade de detalhes.

Stephen Palmer defendeu o sistema de pagamentos do Lonely Planet, dizendo estar confiante de que os salários pagos pela publicação estão entre os mais altos do setor. A BBC Worldwide, braço comercial da BBC, é dona de 75% do guia Lonely Planet.

Autor do guia 'Lonely Planet' diz ter feito crítica positiva por sexo no Brasil

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Thomas Kohnstamm publicou livro em que afirma ter falsificado informações.
Ele também relata ter vendido drogas para aumentar o orçamento da viagem.

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Um escritor que admitiu ter inventado informações do guia de viagem "Lonely planet" afirmou ter feito uma crítica positiva em troca de sexo no Brasil e que vendeu drogas no país para ajudar a financiar sua viagem.

O norte-americano Thomas Kohnstamm, de 32 anos, publicou recentemente o livro "Do travel writers go to hell?" (algo como "Será que escritores de guias de viagem vão para o inferno?", em português) em que narra os bastidores de suas viagens em um período de três anos na América Latina, a serviço do "Lonely planet".

Ele admitiu não ter sequer visitado um dos países sobre o qual escreveu, a Colômbia e conseguido as informações colocadas no guia a partir de relatos de uma estagiária do consulado colombiano - com quem diz ter tido um caso.

Em "Do travel writers go to hell?", Kohnstamm dedica algumas passagens sobre o Brasil. "A garçonete sugere que eu volte depois que ela feche o restaurante, por volta da meia-noite", escreve, segundo o jornal inglês "The Daily Telegraph". "Nós acabamos fazendo sexo em uma cadeira e depois em uma mesa."

"Essa performance rendeu uma menção no guia descrevendo o restaurante como uma 'surpresa agradável' onde 'o serviço de mesa é amistoso'". Ele também diz que dividiu um apartamento com uma prostituta chamada Inara e que vendeu ecstasy para pagar suas despesas de viagem.

Kohnstamm diz que os adiantamentos do "Lonely planet" "mal cobriam a passagem aérea". Segundo o "Daily Telegraph", outros contratados do guia escreveram em apoio ao norte-americano. Segundo uma viajante, Jeanne Oliver, em um dos fóruns do próprio "Lonely planet" na internet, "[a empresa] pede aos autores [...] para ajudar a financiar o livro do próprio bolso".

Judy Slatyer, presidente da "Lonely planet", disse que a empresa está "urgentemente revisando todos os livros em circulação que Thomas contribuiu, usando autores em solo e outros meios. Se nós descobrirmos que algum conteúdo foi comprometido, nós tomaremos medidas urgentes para corrigi-las". A série Lonely Planet vende mais de 6 milhões de cópias por ano.

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