Conspiração contra Diana é possível apesar do veredicto-Al Fayed
Por Paul Majendie
LONDRES (Reuters) - O proprietário da loja Harrods, Mohamed al Fayed, ainda acha que os serviços de segurança britânicos podem ter tido envolvimento nas mortes de seu filho Dodi e da princesa Diana num acidente de carro em Paris, apesar do veredicto dado pelo júri do inquérito que apurou as causas das mortes.
Mas o ex-guarda-costas Trevor Rees, único sobrevivente do desastre em 1997, concorda com o veredicto de que os dois morreram devido à negligência extrema de seu chofer e dos paparazzi que os perseguiam.
"É possível que o MI6 (o Serviço de Inteligência Secreta britânica) tenha tido envolvimento", disse a porta-voz de Al Fayed, Katharine Witty, à BBC na terça, um dia após o anúncio do veredicto.
"Ainda dizemos que é possível, mas resta ver se poderemos fazer algo a esse respeito", disse ela. "Ele [Fayed] vai refletir sobre todas as implicações desse veredicto."
O juiz Scott Baker disse que não há prova alguma que fundamente a alegação de Al Fayed de que o marido da rainha Elizabeth, príncipe Philip, tivesse instruído os serviços de segurança britânicos a matar a princesa para impedi-la de se casar com um muçulmano e ter um filho dele. Após o anúncio do veredicto, na segunda, Al Fayed, egípcio e proprietário da loja de luxo Harrods, disse em comunicado: "Não sou a única pessoa a dizer que eles foram assassinados. Diana previu que seria assassinada e como isso seria feito. Portanto, estou decepcionado."
Ele insistiu que a rainha e seu marido deveriam ter sido convocados para depor no inquérito. "Ninguém deve estar acima da lei", disse.
"Sempre acreditei que o príncipe Philip e a rainha possuem provas valiosas que apenas eles conhecem", disse Al Fayed. Contradizendo frontalmente essa opinião, Trevor Rees seguiu o exemplo dos filhos de Diana, os príncipes William e Harry, aceitando o veredicto do júri e tentando finalmente deixar a tragédia para trás.
Rees, que sofreu ferimentos faciais gravíssimos no acidente num túnel viário parisiense, mas sobreviveu porque usava cinto de segurança, disse: "Espero que todos os envolvidos possam agora seguir adiante com suas vidas".
No comunicado à imprensa em que saudaram o veredicto, William e Harry disseram: "Estamos especialmente gratos a Trevor Rees e outros que depuseram no inquérito, em muitos casos trazendo de volta suas memórias pessoais e dolorosas."
Por Paul Majendie
LONDRES (Reuters) - O proprietário da loja Harrods, Mohamed al Fayed, ainda acha que os serviços de segurança britânicos podem ter tido envolvimento nas mortes de seu filho Dodi e da princesa Diana num acidente de carro em Paris, apesar do veredicto dado pelo júri do inquérito que apurou as causas das mortes.
Mas o ex-guarda-costas Trevor Rees, único sobrevivente do desastre em 1997, concorda com o veredicto de que os dois morreram devido à negligência extrema de seu chofer e dos paparazzi que os perseguiam.
"É possível que o MI6 (o Serviço de Inteligência Secreta britânica) tenha tido envolvimento", disse a porta-voz de Al Fayed, Katharine Witty, à BBC na terça, um dia após o anúncio do veredicto.
"Ainda dizemos que é possível, mas resta ver se poderemos fazer algo a esse respeito", disse ela. "Ele [Fayed] vai refletir sobre todas as implicações desse veredicto."
O juiz Scott Baker disse que não há prova alguma que fundamente a alegação de Al Fayed de que o marido da rainha Elizabeth, príncipe Philip, tivesse instruído os serviços de segurança britânicos a matar a princesa para impedi-la de se casar com um muçulmano e ter um filho dele. Após o anúncio do veredicto, na segunda, Al Fayed, egípcio e proprietário da loja de luxo Harrods, disse em comunicado: "Não sou a única pessoa a dizer que eles foram assassinados. Diana previu que seria assassinada e como isso seria feito. Portanto, estou decepcionado."
Ele insistiu que a rainha e seu marido deveriam ter sido convocados para depor no inquérito. "Ninguém deve estar acima da lei", disse.
"Sempre acreditei que o príncipe Philip e a rainha possuem provas valiosas que apenas eles conhecem", disse Al Fayed. Contradizendo frontalmente essa opinião, Trevor Rees seguiu o exemplo dos filhos de Diana, os príncipes William e Harry, aceitando o veredicto do júri e tentando finalmente deixar a tragédia para trás.
Rees, que sofreu ferimentos faciais gravíssimos no acidente num túnel viário parisiense, mas sobreviveu porque usava cinto de segurança, disse: "Espero que todos os envolvidos possam agora seguir adiante com suas vidas".
No comunicado à imprensa em que saudaram o veredicto, William e Harry disseram: "Estamos especialmente gratos a Trevor Rees e outros que depuseram no inquérito, em muitos casos trazendo de volta suas memórias pessoais e dolorosas."
Pai de Dodi insiste que filho e Diana foram assassinados
O milionário Mohamed al-Fayed ainda acredita na possibilidade de agentes secretos britânicos terem participação no episódio que resultou na morte de seu filho, Dodi, e da princesa Diana em 31 de agosto de 1997. A afirmação foi feita hoje por Michael Cole, porta-voz de al-Fayed. Um dia depois da divulgação da sentença do júri popular no Tribunal Superior de Londres sobre o caso, o empresário se disse "decepcionado" e insistiu em que o casal foi assassinado.
Ontem, o júri concluiu que o acidente de carro que matou o casal foi resultado da negligência do motorista Henry Paul, que também morreu, e dos paparazzi que perseguiam o veículo no momento da batida em um túnel de Paris.
Mohamed al-Fayed analisa agora suas opções legais para recorrer da sentença, afirmou Cole. De acordo com o porta-voz, apesar de al-Fayed ter afirmado antes que aceitaria o veredicto, ele acredita, no entanto, que o júri não teve a oportunidade de "ouvir" tudo o que aconteceu.
Ele acrescentou ainda que os 11 membros do júri não tiveram permissão de considerar uma sentença de conspiração e também não puderam "ouvir" o príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II. "É razoável que Mohammed leve tempo para falar com sua família sobre as conseqüências e falar com seus advogados", disse o porta-voz.
O juiz da investigação judicial sobre a morte de Diana e Dodi, Scott Baker, não ofereceu ao júri uma sentença de conspiração para o assassinato, porque afirmou que não havia provas. Os filhos da princesa, os príncipes William e Harry, agradeceram ao júri e expressaram em um breve comunicado que estavam de acordo com o veredicto.
O veredicto dado pelo júri - que seria parecido com o de homicídio culposo no Brasil -, por nove votos a favor e dois contra, foi o mais duro possível e coloca um fim formal às teorias de conspiração sobre a morte da princesa.
Ao longo de seis meses, os 11 jurados ouviram cerca de 240 testemunhas de vários países, como França, Estados Unidos, Brasil e Nigéria. Do Brasil, a testemunha foi a embaixatriz Lúcia Flecha de Lima, considerada amiga íntima de Diana.
As informações são da AE
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