O inquérito aponta que o empresário Olavo Cruz, dono da sala e acusado de ser o responsável pelo dinheiro, recebia R$ 62 mil do governo da Paraíba por mês pelo aluguel de 30 carros que teriam sido utilizados na campanha à reeleição do governador Cássio Cunha Lima (PSDB), cassado duas vezes pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por crime eleitoral.
O inquérito também revela que R$ 200 mil dos R$ 304 mil jogados pela janela do Concorde teriam sido enviados do Rio de Janeiro por dois operadores do sistema financeiro para uso em caixa dois da campanha do governador. Os dois operadores financeiros são ligado à empresa Tetto Gestão de Recebíveis, que comprou, por apenas 14% do valor, créditos imobiliários do governo da Paraíba faltando 15 dias para o início da campanha. Os créditos valiam R$ 329 milhões e foram vendidos por R$ 47,1 milhões.
Na edição de hoje, o jornal Correio publicou um espaço em branco na página 2, contendo uma tarja vermelha e a palavra censurado. O governo do Estado nega as acusações contidas no inquérito da PF. O governador Cássio Cunha Lima declarou que sua gestão não foi atingida pelo relatório da Polícia Federal. "A questão do Concorde nada diz respeito ao governo. O inquérito foi feito mais de 14 meses após as eleições e não há nenhum membro do governo que tenha sido indiciado. Não há pessoas da campanha que tenham sido indiciadas, pois o que se apurou são relações entre entes privados", declarou o governador.
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