Buenos Aires, 14 abr (EFE) - Um ex-deputado do governante Partido Justicialista (peronista) pediu que se impeça na Argentina a exibição de um episódio da série de televisão "Os Simpsons" na qual
se qualifica de "ditador" o três vezes eleito presidente do país Juan Domingo Perón, informa hoje a imprensa local.
Ao pedir ao estatal Comitê Federal de Radiodifusão (Comfer) que evite a exibição do episódio, Lorenzo Pepe também explicou que, no mesmo capítulo, são atribuídos ao Governo de Perón "desaparecimentos" de pessoas que, na verdade, ocorreram na última ditadura militar (1976-1983).
"Foram muitos anos sofrendo no exílio. Por favor, peço publicamente ao titular do Comfer que arbitre as medidas para evitar que se continue envenenando esta sociedade", afirmou Pepe, atual secretário-geral do Instituto Juan Domingo Perón.
Ao difundir a notícia, a imprensa de Buenos Aires lembrou que o Governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, obrigou à retirada de "Os Simpsons" da grade de programação de um canal privado da Venezuela por considerar que a série é "uma má influência" para as crianças e adolescentes.
Juan Domingo Perón (1895-1974) foi eleito presidente da Argentina em três ocasiões (1946, 1951 e 1973) e fundou o Partido Justicialista (peronista), atualmente no poder e que foi protagonista da vida política do país nos últimos 50 anos.
O pedido do ex-deputado Pepe se refere ao 10º episódio da 19ª temporada da série de TV americana, que ainda não foi exibido na Argentina, e os protagonistas da piada são Carl Carlson e Lenny Lennard, colegas de trabalho de Homer Simpson.
"Eu realmente gostaria de uma ditadura militar como a de Juan Perón. Quando ele sumia com você, você continuava desaparecido", afirma Carl em um diálogo com Lenny, que responde: "Além disso, sua esposa era a Madonna", cantora americana que interpretou a segunda mulher do político argentino, Eva Duarte, no filme "Evita".
Lorenzo Pepe negou hoje ter "pedido que seja aplicada a censura" em "Os Simpsons" e disse que o que solicitou ao Comfer "é que se sirva das ferramentas legais que estiverem a seu alcance para evitar que este golpe à cultura e à história argentina cause um dano à sociedade".
"Não posso rir dos mortos nem do sangue derramado", acrescentou.
"Os Estados Unidos têm um total desconhecimento da história latino-americana. E se foi uma ironia, deveriam perceber que há coisas com as quais não se fazem piadas. Os desaparecidos são uma cicatriz que ainda permanece aberta".
se qualifica de "ditador" o três vezes eleito presidente do país Juan Domingo Perón, informa hoje a imprensa local.
Ao pedir ao estatal Comitê Federal de Radiodifusão (Comfer) que evite a exibição do episódio, Lorenzo Pepe também explicou que, no mesmo capítulo, são atribuídos ao Governo de Perón "desaparecimentos" de pessoas que, na verdade, ocorreram na última ditadura militar (1976-1983).
"Foram muitos anos sofrendo no exílio. Por favor, peço publicamente ao titular do Comfer que arbitre as medidas para evitar que se continue envenenando esta sociedade", afirmou Pepe, atual secretário-geral do Instituto Juan Domingo Perón.
Ao difundir a notícia, a imprensa de Buenos Aires lembrou que o Governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, obrigou à retirada de "Os Simpsons" da grade de programação de um canal privado da Venezuela por considerar que a série é "uma má influência" para as crianças e adolescentes.
Juan Domingo Perón (1895-1974) foi eleito presidente da Argentina em três ocasiões (1946, 1951 e 1973) e fundou o Partido Justicialista (peronista), atualmente no poder e que foi protagonista da vida política do país nos últimos 50 anos.
O pedido do ex-deputado Pepe se refere ao 10º episódio da 19ª temporada da série de TV americana, que ainda não foi exibido na Argentina, e os protagonistas da piada são Carl Carlson e Lenny Lennard, colegas de trabalho de Homer Simpson.
"Eu realmente gostaria de uma ditadura militar como a de Juan Perón. Quando ele sumia com você, você continuava desaparecido", afirma Carl em um diálogo com Lenny, que responde: "Além disso, sua esposa era a Madonna", cantora americana que interpretou a segunda mulher do político argentino, Eva Duarte, no filme "Evita".
Lorenzo Pepe negou hoje ter "pedido que seja aplicada a censura" em "Os Simpsons" e disse que o que solicitou ao Comfer "é que se sirva das ferramentas legais que estiverem a seu alcance para evitar que este golpe à cultura e à história argentina cause um dano à sociedade".
"Não posso rir dos mortos nem do sangue derramado", acrescentou.
"Os Estados Unidos têm um total desconhecimento da história latino-americana. E se foi uma ironia, deveriam perceber que há coisas com as quais não se fazem piadas. Os desaparecidos são uma cicatriz que ainda permanece aberta".
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