sexta-feira, 25 de julho de 2008

Cobrança por emissão de boleto poderá ser proibida

Cobrança por emissão de boleto poderá ser proibida

MS Notícias

Câmara Federal analisa o Projeto de Lei 3574/08, do Senado, que proíbe a cobrança pela emissão de carnê de pagamento ou boleto bancário. A proposta inclui esse tipo de cobrança entre as cláusulas de contrato consideradas ilegais pelo Código de Defesa do Consumidor(Lei 8.078/90), por constituirem prática abusiva.

O autor da proposta, senador Gerson Camata (PMDB-ES) explica que os fornecedores de produtos e serviços que parcelam suas vendas, como lojas e supermercados, "geralmente impõem ao consumidor a cobrança indevida de valores destinados a cobrir os custos de emissão do boleto bancário".

Na avaliação do senador, além de abusiva, a cobrança é socialmente injusta, pois prejudica principalmente as pessoas com menor poder aquisitivo, "que não possuem conta em banco ou cartão de crédito e, por isso, acabam pagando as prestações por meio de carnês ou boletos".

Tramitação

O projeto será analisado pelas comissões de Defesa do Consumidor; e Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado pelo Plenário.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Revista mexicana gera polêmica nos EUA sobre racismo

Revista mexicana gera polêmica nos EUA sobre racismo

Memín Pinguín
Memín Pinguín é uma revista em quadrinhos popular no México
A cadeia de lojas Wal-Mart, a maior dos Estados Unidos, decidiu retirar de venda a revista em quadrinhos Memín Pinguín - uma das mais populares do México - depois que uma cliente se queixou de que a publicação é "racista".

Memín é um menino negro que vive em um bairro pobre da Cidade do México, tem lábios muito grossos, olhos e orelhas grandes. Ele vende jornais e engraxa sapatos, mas também vai à escola.

Ele vive com a mãe, o único outro personagem negro da história.

A cliente que se queixou formalmente aos diretores da Wal-Mart, Shawnedria McGinty, também é negra e disse que a caricatura é um insulto. Ela disse que ao abrir a revista se perguntou se o desenho mostrava um menino ou um macaco.

McGinty recebeu o apoio do militante afro-americano Quannel X, que disse em um discurso que os desenhos – "a mãe com lábios grandes e a pele escura, como se fosse um gorila, e ele (Memín), como um macaquinho" – eram como uma bofetada nos negros dos Estados Unidos.

Memín Pinguín
Esta edição levou a especulações sobre sua ligação com as eleições nos EUA

A polêmica aumentou ainda mais porque a edição da revista que a Wal-Mart oferecia tinha o título Memín para presidente, algo que muitos interpretaram como uma alusão à participação de um candidato negro na atual corrida presidencial americana.

Muitos viram nesta revista uma alusão às eleições americanas. O negro Barak Obama é negro e é pré-candidato à sucessão do presidente George W. Bush.

'Ignorância'

A revista em quadrinhos é conhecida no México desde 1940, quando apareceu pela primeira vez. Ao longo dos anos vem sendo uma das mais populares entre as crianças.

A empresa que edita a revista nega que ela tenha conteúdo racista.

"Tomaram esta história como uma questão discriminatória, quando na verdade não é", disse à BBC Mundo Manelick de la Parra, presidente da editora Vid.

Segundo ele, se trata "da história de um negrinho que se destaca e se impõe em uma sociedade discriminatória e sempre ganha. Isto é o que torna Memín tão especial", explicou.

De la Parra disse que Memín para presidente faz referência às eleições presidenciais mexicanas de 2006, e que foi nesse momento que ela foi às bancas no México.

O empresário reclama que este incidente só vai aprofundar as diferenças entre as comunidades mexicanas e afro-americanas, e atribui a queixa e a decisão da Wal-Mart à ignorância.

"E com a ignorância vêm repressão e falta de liberdade", afirmou.

A editora diz que a decisão da Wal-Mart não chega a prejudicar seu desempenho financeiro. Na verdade, a editora seria beneficiada, segundo o presidente da empresa, com o que ele considera uma "publicidade maravilhosa para aqueles que sabem que Memín Pinguín não é racista".

Choque cultural

A reação provocada por Memín pode ter fundos culturais que mostram as diferenças entre Estados Unidos e México.

"A figura de Memín não se traduziu muito bem na cultura americana", disse Raúl Ramos, do Departamento de Estudos México-americanos, da Universidade de Houston, no Estado americano do Texas.

Ramos explica que as falhas de tradução se aplicam também às imagens "porque a sensibilidade ante os temas afro-americanos são diferentes no México, onde não há uma grande comunidade negra, e nos Estados Unidos, onde há um histórico de ícones com conotação racista, como Tia Jemima (imagem de uma marca de panquecas)".

O incidente com Memín Pinguín é para Ramos um exemplo do que acontece quando duas culturas se encontram.

"Isto é resultado da globalização e das migrações de mexicanos para os Estados Unidos e é inevitável. Estas coisas vão continuar acontecendo", disse Ramos.

Mesmo que a comunidade hispânica e a afro-americana tenham lutado juntas em frentes contra o racismo e a exclusão social, "também há diferenças culturais e de linguagem que são muito difíceis de superar".

Ramos espera que o incidente sirva para mostrar que estas diferenças existem e para que as comunidades envolvidas façam um esforço para se entenderem melhor.


Outras

Lembrando as palavras do presidente do México, Vicente Fox, que disse em 2005 que os imigrantes ilegais nos EUA estão dispostos a se empregar em trabalhos que "nem sequer os negros querem".

Selos postais mexicanos irritam negros dos EUA

Comunidade negra do México exige desculpa por selos "racistas"


sexta-feira, 4 de julho de 2008

"Homem grávido" dá à luz em parto natural nos EUA

"Homem grávido" dá à luz em parto natural nos EUA

da Efe, em Washington

O transexual Thomas Beatie, o primeiro "homem grávido" da história, deu à luz no início desta semana no Centro Médico St. Charles de Bend, no Estado do Oregon (EUA), informou nesta quinta-feira a rede de televisão "ABC". O parto foi natural e a filha de Beatie passa bem.

Até o momento, não foram revelados detalhes sobre o parto. Beatie, de 34 anos, mantinha seus órgãos sexuais femininos apesar de realizar um tratamento hormonal há anos e viver como homem.

Reprodução
Transexual "grávido" deu à luz nesta quinta-feira nos EUA

"Acho que a necessidade de ter um filho não é um sentimento masculino ou feminino. Sou um ser humano e tenho direito a ter um filho biológico", afirmou Beatie.

Casados há mais de dez anos, Beatie e a mulher, Nancy, sempre quiseram ter um bebê, mas ela teve uma endometriose há 20 anos e precisou tirar o útero.

Depois de alcançarem uma situação econômica confortável, ambos tomaram a decisão de que Beatie seria o "encarregado" de gestar o bebê.

Criado no Havaí, onde sua mãe se suicidou quando ele tinha 12 anos, Beatie disse que decidiu trocar de sexo aos 24 anos. Por isso, submeteu-se a uma operação para tirar seios e legalmente mudou seu gênero de feminino para masculino.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Isabeli Fontana irrita gays; veja o vídeo da declaração polêmica no programa Hebe

Isabeli Fontana irrita gays; veja o vídeo da declaração polêmica no programa Hebe

Internautas gays criticaram a modelo Isabeli Fontana por falar que não gostaria de ter um filho homossexual, durante o programa da Hebe no SBT na segunda-feira (30). Veja o vídeo da declaração.


Antonio Lacerda /Efe Tio Sam News Isabeli Fontana afirmou que não gostaria de ter um filho gay durante o programa "Hebe"

"A profissional que alcançou o status internacional que Isabeli alcançou deveria pensar um pouco mais nas palavras que saem da sua boca. Uma pessoa como ela forma opiniões. Não se trata de ser engajada com mil causas --acho esse Bono Vox way of life um porre. Mas ela poderia pelo menos não atrapalhar, dando uma declaração homofóbica em rede nacional", opinou o blog Na Ponta dos Dedos.






Reprodução
Tio Sam News Isabeli Fontana e Lugui Palhares participam do programa "Hebe" na última segunda-feira (30)

O assunto também rendeu comentários no blog Queer Girls:

"Já sabemos que existem milhares de artistas de mente fraca e preconceituosa, mas deixar isso evidenciado em rede aberta pro Brasil todo saber, isso sim é que eu chamo de tombo na passarela. Torçamos, então, para que Zion e Lucas não sigam o mal exemplo da mãe e sejam crianças que, desde cedo, aprendam a respeitar e entender as diferenças", postou uma leitora no blog.

No sistema de comentários da Folha Online, a fala de Isabeli também gerou controvérsia. Alguns leitores defenderam a modelo.

"A lei nos obriga apenas a tolerar diferenças, mas ninguém é obrigado a gostar de ninguém, e por enquanto ainda não somos obrigados a mentir sobre nossas preferências", escreveu Gerson Luiz Armiliato, de Cascavel (PR).

Houve quem contasse casos pessoais para sustentar sua opinião.

"Tenho 38 anos e tenho um irmão que é gay. Desde que me entendo convivo com isso. Sempre o amei e nunca o discriminei. Nossa família o entende e aceita. Mas também tenho três filhos e de uma coisa tenho certeza: não gostaria que um deles fosse gay", defendeu Claudio Wallace.

A Folha Online procurou Isabeli Fontana, mas a modelo ainda não deu resposta ao pedido de entrevistas.

Confira o diálogo

A discussão sobre homossexualidade veio à tona devido à presença do ator Lugui Palhares, que interpretou o personagem gay Carlão na novela global "Duas Caras", de Aguinaldo Silva. Hebe Camargo questionou a sexualidade de Palhares, que afirmou ser heterossexual e apontou sua mulher na platéia. Também sentada no sofá da apresentadora, Isabeli comentou que, se fosse seu filho, não queria que ele fosse gay.

Após a polêmica declaração, Hebe --que busca atrair um público mais jovem em seu novo horário-- defendeu a modelo e tentou minimizar a situação, afirmando que um filho gay "cria muitos problemas". Quando Palhares disse que era necessário entender a sexualidade do filho, a apresentadora do SBT afirmou que o comentário de Isabeli também precisava ser aceito. "Mas é questão de opinião, é a opinião dela, o filho é dela...", disse Hebe.

A seguir, veja o trecho do diálogo entre Isabeli Fontana, Hebe Camargo e Lugui Palhares.

Isabeli Fontana: "É, a gente não tem que ter preconceito, mas filho meu eu não gostaria que fosse [gay]. Sim, é um mínimo preconceito... Eu adoro... Tenho vários amigos gays, amo de paixão, mas filho meu eu não gostaria que fosse".
Hebe Camargo: "Mas você não gostaria que seu filho fosse..."
Isabeli: "Ô!"
Hebe: "É, porque cria muitos problemas..."
Lugui Palhares: "Mas... Mas se ele fosse, você teria que..."
Isabeli: "Aceitar?"
Lugui: "Aceitar e saber entender, porque talvez aí você vai olhar com outros olhos, de outro ângulo..."
Isabeli: "Tentar entender, mas de outra forma? É, mas eu quero que seja...[heterossexual]"
Hebe: "Mas é questão de opinião, é a opinião dela, o filho é dela..."
Lugui: "Com certeza".
Isabeli: "Eu tinha que aprender a lidar com a situação, mas que é difícil, é, né?